O Alentejo mereceu destaque no jornal nova-iorquino “The New York Times” como um dos 52 destinos a visitar por viajantes que queiram ser parte da solução para problemas como as alterações climáticas.

A implementação, na região, do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) motivou a distinção em sétima posição na lista publicada.

O artigo “52 places for a changed world” ("52 lugares para um mundo diferente") assinala as medidas de proteção da biodiversidade empreendidas no Alentejo: a redução de cerca de 20% no consumo de água nas adegas; a diminuição do rácio litro de água consumido por litro de vinho produzido; a criação de uma ferramenta que possibilita que os membros do PSVA calculem a sua pegada hídrica e de carbono; ou a criação do selo de certificação de produção sustentável.

No destaque que é feito à região podemos ler: “o Alentejo tem muitos dos elementos necessários à produção de vinho: sol, solo, castas autóctones e um legado vitivinícola secular. O que falta? Chuva”.  Face à escassez de água, a peça publicada no “The New York Times”, salienta que “em 2015, a região criou o Programa de Sustentabilidade Vinhos do Alentejo. Ao priorizar a conservação da água (…), o programa ajudou as vinícolas a reduzirem o consumo médio em 20%”. O mesmo destaque recorda que “o Programa criou em 2020 um processo de certificação para verificar com mais profundidade se as vinícolas estão a seguir iniciativas verdes”.

Francisco Mateus, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), entidade criadora do PSVA, mostra-se orgulhoso com o reconhecimento: “esta é mais uma prova que conseguimos colocar os Vinhos do Alentejo nas bocas do mundo e transportá-lo além-fronteiras”.

Ainda de acordo com Francisco Mateus, “o PSVA está a fazer uma diferença assinalável na região, mas, também, na mudança de mentalidades em todo o país, estando ao nível das mais importantes iniciativas mundiais de produção sustentável”.

Recorde-se que o PSVA “foi criado em 2015 e conta, hoje, com 483 de membros associados que representam quase 11 mil hectares de vinha e 76 milhões de litros de vinho produzido”, informa em comunicado a CVRA.