A Balança Alimentar Portuguesa, divulgada recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística, revela um excesso de proteínas, obtidas a partir do grupo das carnes e miudezas, pescado e gorduras, em três vezes mais do que o recomendável. Em contrapartida, o consumo de produtos hortícolas é cerca de metade do recomendado na roda dos alimentos; enquanto o consumo de fruta se fica por 15% diários, não alcançando os 20% recomendados no modelo. Já os cereais, raízes, tubérculos, leite e derivados revelam um consumo aproximado daquele que é aconselhado pelos nutricionistas.
Estes dados têm o ano de 2003 como referência, sendo visíveis as diferenças na dieta alimentar portuguesa desde 1990, data do anterior estudo. O consumo de legumes aumentou 45%; bem como o de produtos estimulantes como chocolate, café, suas misturas e sucedâneos. As carnes e miudezas e os frutos foram mais consumidas mais 31% do que 13 anos antes. O consumo de lacticínios subiu 19%, o de ovos 14%, o de gorduras 10%, o de açúcares 8% e cereais 4%.
Em descida estão os tubérculos (menos 35%), leguminosas secas (menos 26%) e pescado (menos 9%)
Também foi reduzido o consumo de bebidas alcoólicas, de 65% em 1990 para 42% em 2003.