A discussão não vem de agora. É a Francesinha uma verdadeira sanduíche? Independentemente da catalogação que lhe queiramos dar, o prato que conjuga carnes de diferente natureza, pão e um molho, “sempre secreto”, representa a identidade culinária portuense e, não raras vezes, vê-se no pódio dos melhores “petiscos” internacionais.

É o que, agora, acontece no portal de viagens e turismo Big Seven Travel que partiu mundo fora para eleger as 50 melhores sanduíches, do continente europeu. Uma lista democrática que inclui versões hipercalóricas, opções vegetarianas e veganas e que percorre diferentes geografias, da Suécia a Malta, da República Checa a Espanha e a Portugal.

Fomos para a cozinha aprender os segredos da Francesinha. Não escondemos nada
Fomos para a cozinha aprender os segredos da Francesinha. Não escondemos nada
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Numa lista liderada pela Osteria All’antico Vinaiom em Florença, Itália (com uma sanduíche de carne de porco assada lentamente), o nosso portuense Café Santiago, surge em 14ª posição com a sua Francesinha.

Diz a propósito da mesma o site Big Seven Travel: “Sanduíche verdadeiramente única, originária do Porto. Tem na sua composição presunto, carne ou salsicha com pão branco, cobertos com uma cerveja e molho de queijo e servido com ovo estrelado e batatas fritas”.

Na lista das 50 melhores sanduíches do mundo figuram as sanduíches de casas como The Dusty Knuckle, em Londres, no Reino Unido (2ª posição), Mastro Ciccio, em Bari, Itália (3ª posição) ou Northern Soul, em Manchester, no Reino Unido (4ª posição).

O Café Santiago, porta número 226 na Rua Passos Manuel, foi oficialmente inaugurado em 1959, embora funcionasse desde os anos de 1930, como casa de pasto e botequim. A Francesinha Santiago, uma marca registada, foi desde sempre a principal referência da casa, tendo surgido como o resultado do desenvolvimento e aperfeiçoamento daquele prato típico por parte de elementos da família Pereira. Quanto ao molho, é um segredo familiar.