Diz o artigo publicado na página na internet do guia internacional: “você está de férias e explora um mercado local. De súbito, um aroma intenso envolve-o e obriga-o a virar a cabeça. Há uma longa fila de pessoas esfomeadas que olham invejosamente aqueles que já se serviram. O que comem eles?”. No caso português a resposta da equipa do Lonely Planet é: comem um Pastel de Belém. A especialidade nacional encontra-se entre as 11 comidas de rua que o famoso guia editado no Reino Unido elege como as mais irresistíveis a nível mundial e capazes de destruir, ou melhor, fazer esquecer uma dieta. Uma eleição de produtos alimentares que obedeceu a uma condição base: os “petiscos” teriam de ser vendidos em pastelarias, cafés, roulotes, mercados ou bancas, ou seja na proximidade da rua.

Nesta viagem de circunavegação gastronómica pelo planeta, o guia, criado em 1972 e com mais de 500 títulos publicados, elege, a par do nosso Pastel de Belém, entre outras especialidades, a “Gordita” (bolo de milho) mexicana, o “Gelato” (gelado) italiano, a “Poutine” (batata frita, queijo, feijão e molho de carne) canadiana (Quebec), o “Murtabak” (uma espécie de crepe que pode ser salgado ou doce) de Singapura e Malásia, o Takoyaki (pedaços de polvo envoltos em massa frita) japonês, o Kelewele (pedaços de banana-pão madura, temperadas com sal, pimenta e gengibre que depois são fritas em óleo), do Gana.

Em relação ao português Pastel de Belém, o artigo do Lonely Planet sublinha que a expressão mais sublime desta “pequena tarte” é a vendida na centenária Confeitaria de Belém, em Lisboa. O artigo recorda que diariamente são vendidos na Confeitaria 19 mil unidades do famoso pastel e que só três pessoas têm acesso ao segredo da confeção.