“Um lugar para cuidar do estômago e também da cabeça”. É assim que o Capim Limão, o novo restaurante do Saldanha, em Lisboa, se apresenta. Uma casa que abriu já este abril numa das zonas empresariais mais movimentadas da cidade. “Estamos no meio termo entre alta gastronomia e tasca. Nesse meio existem poucas opções e pouca oferta", explica o chefe de cozinha Doca Vieira Gonçalves, carioca que trabalhou nas cozinhas de Claude Troigros e José Avillez mas que no Capim Limão quer “apenas” criar comida que faça os clientes felizes.
O projeto foi pensado de raiz pelo casal Jorge Macedo, português nascido em Moçambique, e Claudia Mello, brasileira, que, depois de décadas a trabalhar no mercado da Moda no Brasil, decidiu rumar a Portugal para apostar na área da restauração.
“Queríamos alguma coisa que nos ligasse à cor verde, às ervas, às plantas. Daí Capim Limão, que é o nome brasileiro para erva príncipe”, afirma Claudia. “Não queríamos nada que remetesse para a noite, mas sim algo claro e com bom astral”. No Capim Limão o ambiente é leve e despretensioso.
O novo restaurante lisboeta tem dois menus distintos, um para refeições mais completas e outro que aposta em snacks para refeições mais ligeiras e lanche. “Não inventámos muito na comida para não complicar. O cardápio é bem simples mas tem o seu quê de sofisticação, são os pratos que gosto de cozinhar para os amigos", acrescenta ´Doca´, como os amigos lhe chamam.
No Capim Limão, a comida não tem rótulos. Não é brasileira – apesar de ter pratos como Moquequinha de peixe –, não é francesa – ainda que as bases de Doca sejam as da cozinha clássica vinda de França – e também não é portuguesa.
“Quando conhecemos o Doca, escutámos aquilo que queríamos ouvir, que era cozinha de sabor, comida que emociona quando a provamos. Queríamos uma pessoa que construísse uma história com a gente, que fizesse uma comida gostosa, que o trabalho fosse leve, que as pessoas ficassem felizes”, resume Claudia.
O resultado são pratos como Polenta com ovo escalfado e cogumelos, Moquequinha de peixe com farofa de dendê e arroz, Filet mignon com batata gratin e molho de vinho tinto ou Crumble de pera, creme inglês e avelãs caramelizadas.
Com 88 lugares distribuídos por dois andares – o de cima onde funciona o restaurante e o de baixo um espaço multifunções que pode ser reservado para eventos, reuniões de trabalho ou simplesmente para relaxar ao final do dia –, o Capim Limão tem também uma carta de bebidas.
Ao leme do bar está Ronaldo Ribeiro Júnior, bartender brasileiro que futuramente irá desenvolver vários cocktails de autor – por agora estão disponíveis dois cocktails da casa, entre eles o Passion Prince, com cachaça, maracujá, lima e erva-príncipe, para além de várias opções de cerveja, cocktails clássicos, vinhos e sangrias.
Nos dias de semana, há happy hour durante tarde, ainda que no Capim Limão a felicidade não tenha hora marcada.
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