Adega José de Sousa

Situada em Reguengos de Monsaraz, a adega data de 1878 e foi adquirida pela José Maria da Fonseca em 1986. Esta foi uma forma de concretizar o antigo sonho da empresa de produzir vinho no Alentejo, numa propriedade carregada de prestígio e história, onde se destacam os vinhos da talha, tradição iniciada pelos Romanos há mais de 2000 anos.

A Adega José de Sousa possui 114 talhas de barro e além da adega tradicional, abaixo do nível do solo, com as talhas e dois lagares para a pisa, possui também uma adega mais moderna, com 44 cubas de inox. Aqui ainda são utilizadas algumas técnicas ancestrais de vinificação, sendo a mais emblemática a utilização da talha na fermentação das uvas.

Do portefólio da Adega José de Sousa fazem parte vinhos como Montado, Ripanço, Monte da Ribeira, José de Sousa, José de Sousa Reserva, José de Sousa Mayor, J de José de Sousa ou Puro Talha.

A unidade de enoturismo está aberta a visitas guiadas, provas de vinhos, vinhos e petiscos e ainda tem a possibilidade de receber grupos para almoço.

Niepoort

É um dos nomes de referência de produção de vinhos a nível nacional, não só no Douro, mas também em outras regiões. A abertura da Niepoort ao enoturismo, no entanto, é algo mais recente. Depois da abertura do espaço Serpa Pinto, em Vila Nova Gaia, a Niepoort abriu em setembro, a Quinta de Nápoles, uma das mais importantes deste produtor de vinhos e uma das mais antigas propriedades da região demarcada do Douro, a visitantes.

O programa de visitas guiadas pela propriedade incluiu também almoço com a equipa e passagem pela adega, onde são produzidas todas as referências de vinho do Porto e DOC Douro da marca.

“Um dos lemas da nossa família - e marca - é pensar fora da caixa. A abertura a visitas na Quinta de Nápoles e nas Caves Serpa Pinto simbolizam o ‘novo tempo’ a que nos temos dedicado na Niepoort. Estamos focados, paralelamente, na renovação, trazendo novas forma de pensar o enoturismo e a devoção ao vinho, mas há coisas que não iremos alterar, como as Caves que se mantêm inalteradas desde o tempo do meu avô, e que são um espaço único no país (e até no mundo).”, explica Daniel Niepoort, sexta geração da família.

Os programas de enoturismo implicam marcação prévia e os valores começam nos 35€ até 200€.

Pico Wines

Portugal tem um património vínico muito rico e o mesmo se estende às ilhas. Nos Açores, mais precisamente na ilha do Pico, a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico tem trabalhado no sentido de divulgar o vinho e também as características da região. Fundada em 1949, tem um total de 250 associados.

As castas Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez, são as referências da região que se caracteriza pelo solo basalto vulcânico, rodeado pelo oceano, o que resulta em vinhos com salinidade, frescura e acidez.

No que diz respeito ao enoturismo, há cinco programas disponíveis, entre os 15€ e os 50€ por pessoa.

Quinta de Santa Teresa

A posição geográfica singular da Quinta de Santa Teresa, precisamente na fronteira entre a região de Vinhos Verdes e a região do Douro, sub-região de Baião, dá também nome a uma das referências vínicas da quinta: o Singular. Outro dos rótulos produzidos é o Monólogo.

Adquirida no início de 2015 pela A&D Wines, esta quinta veio juntar-se às outras duas propriedades, a Casa do Arrabalde e a Quinta dos Espinhosos, que dão nome aos outros dois vinhos de quinta da A&D Wines. A compra da Quinta de Santa Teresa permitiu quadruplicar a área de implantação de vinha, reunindo neste momento 45 hectares.

A quinta disponibiliza cinco programas de visitas e provas especiais, que vão desde os 20€ aos 50€ por pessoa. Além das provas dos vários vinhos do portefólio da A&D Wines, pode ainda visitar as vinhas, os jardins e o bosque, dando o conhecer um pouco do melhor da região de Baião.

Destaque para o programa Piquenique (30€ por pessoa) que inclui a degustação de vários aromas típicos e locais como queijo com compota caseira, alheira de Baião, tarte de cebola, salada com vegetais da horta da Quinta de Santa Teresa enriquecida com requeijão, rabanete e sultanas.

Murgas

Faz parte de uma das regiões mais antigas do país, a região de Bucelas que data de 1911, e o projeto vínico Murgas nasce da vontade do produtor João França honrar não só o legado familiar, como também voltar a colocar no mapa esta região histórica de Lisboa.

Em conjunto com o enólogo Bernardo Cabral, a Quinta de Murgas tem trabalho no sentido de fazer vinhos diferenciados, tirando partido do terroir da região, subvalorizado nos últimos anos. O trabalho tem sido desenvolvido desde 2014, com a recuperação das vinhas da quinta, sendo as castas principais o Arinto, Esgana Cão (também conhecida como Cerceal na região da Bairrada) e Touriga Franca.

A aposta no enoturismo é recente, com arranque em setembro de 2022 e inclui quatro programas com valores entre os 25€ e os 90€.

Quinta de Chocapalha

Na região demarcada de Lisboa, encontramos a Quinta de Chocapalha, situada na Aldeia Galega, em Alenquer, local com referência desde o séc. XVI pelas suas vinhas e vinhos. Passou por várias mãos até que na década de 1980 foi adquirida por Alice e Paulo Tavares da Silva, casal que investiu na restruturação e replantação total dos 45 hectares de vinha e na adega e introduziu novas técnicas de cultivo com o intuito de dar continuidade às antigas tradições da quinta. O negócio de família incluiu Sandra Tavares da Silva, filha dos proprietários, que assume a direção técnica.

A paisagem da Quinta de Chocapalha é caracterizada pelos seus altos e baixos, pequenos montes, vegetação abundante, com a Serra de Montejunto ao fundo. A quinta passou também a integrar ofertas enoturísticas, com marcação, onde é possível a visita às vinhas, à adega, fazer uma prova de vinhos e até almoçar. Tem neste momento a decorrer três experiências: Discovering Chocapalha, Wine Lover Chocapalha e Terroir of Chocapalha. Todas as experiências requerem marcação prévia através do site ou telefone e cos preços variam entre os 36€ e os 120€ por pessoa.

Casa Relvas

Trata-se de um projeto familiar, com início 1997, em São Miguel de Machede, Redondo, pela mão de Alexandre Relvas. A história com o vinho começa em 2001 com a plantação de 10 hectares de vinha e, em 2003, com a construção da adega, são dados os passos decisivos para o lançamento dos primeiros vinhos, em 2004, o Herdade de São Miguel Colheita Selecionada Tinto 2003. Além dos vinhos, outra área de negócio importante para esta empresa é o azeite.

O enoturismo também faz parte da Casa Relvas, estando disponíveis oito programas diferentes, a partir de 10€ por pessoa, onde ficará a saber mais sobre a história da empresa, a sua filosofia e o seu terroir.

Torre da Palma

Nascido em 2014, no coração do Alentejo vinhateiro, mais precisamente em Monforte, e remontando ao ano de 1338, o Torre de Palma Wine Hotel é inspirado no modo de vida da família Basilii, antigos habitantes das vizinhas ruínas romanas de Torre de Palma, e na cultura local.

A sua identidade base é a produção de vinho e o enoturismo, com uma adega, inaugurada 2016, sendo um espaço tradicional que conta com lagares de pedra e zona de vinificação onde é feita a própria produção, a cargo do enólogo Duarte de Deus. Tem ainda salas de barricas e zona de provas.

Com uma forte aposta também na área gastronómica – a cozinha está a cargo do chef Miguel Laffan – a aliança com os vinhos alentejanos destaca as tradições da região assim como os produtores e produtos locais com vista a um turismo dinâmico e sustentável. Os programas de enoturismo começam nos 25€, onde além da visita à adega inclui a prova de três vinhos até 90€, que inclui um almoço no restaurante Palma com harmonização de vinhos.

Poças

Situada no Douro, a Poças conta com mais de 100 anos de vida, estando neste momento nas mãos da quarta geração da família. Esta é uma das raras empresas de vinho do Porto portuguesas, que continua a pertencer à mesma família que lhe deu origem.

Possui um Centro de Visitas, em Vila Nova de Gaia, onde é possível conhecer a história da empresa, os seus vinhos e as pessoas que fazem parte desta empresa familiar. Aberto de terça-feira a domingo, o espaço pode ser visto através de uma visita guiada à adega e várias provas de vinho. Na loja, pode encontrar toda as gamas de vinho do Porto e Douro DOC da marca, bem como algumas edições especiais.

Quinta de Lemos

Situada na região do Dão, a sete quilómetros de Viseu, esta quinta é conhecida pelo restaurante Mesa de Lemos, que faz parte do guia Michelin, com uma estrela, mas também pelos seus vinhos, produzidos com castas autóctones da região, e azeite.

Desde visitas gratuitas à adega até programas personalizados com degustação de vinhos, trilhos para caminhada e piqueniques, há muito por onde escolher numa visita à Quinta de Lemos.

A visita simples tem um custo de 15€ por pessoa enquanto a visita com prova e petiscos tem um valor de 50€ por pessoa.