“Por terras sernancelhenses são muitas as referências ancestrais à sopa e às diferentes sopas que eram concebidas pelas gentes das diferentes localidades. Sabe-se, por exemplo, que a sopa era o resultado do aproveitamento dos recursos existentes e, nesse sentido, rapidamente o concelho percebeu que para além da castanha, as aldeias de montanha tinham na sua rotina as sopas mais fortes, com feijão, feijoca, carne, entre outros ingredientes, e as aldeias próximas do Rio Távora davam maior atenção aos peixes do rio”. É desta forma que o município de Sernancelhe dá o mote à sopa, alimento presente no festival anual que lhe é dedicado naquele conselho.
Mais de dezena e meia de associações locais vão reunir-se no “Expo Salão Multiusos” para apresentarem milhares de litros de sopa confecionadas com preceitos de tradição, mas também com toques de modernidade. Paralelamente, decorre um festival etnográfico com ranchos folclóricos nacionais.
À prova, na tradicional malga de barro preto, estarão a sopa de peixe, a sopa de gravanços (grão-de-bico) com bacalhau, a sopa de javali, o caldo de castanha, a sopa de feijão vermelho, a sopa de cogumelos silvestres, sopa à lavrador, sopa de feijoca da Zebreira, sopa de cebola, sopa à pescador, entre outras.
Ainda de acordo com a autarquia, “o evento pretende demonstrar a importância da agricultura biológica, ainda muito presente nas hortas e quintais das aldeias com os legumes trazidos pelas associações participantes”.
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