1. Mais viagens, mais desgaste nos pneus e a ideia para um guia. Em 1889, André e Édouard Michelin, dois empreendedores franceses, fundaram uma empresa de pneus, a Michelin. Onze anos volvidos, face à crescente indústria do turismo, ocorreu-lhes elaborar um guia que classificasse hotéis e restaurantes. Uma forma de dinamizar as viagens automóveis e a venda de pneus.
2. Quem ganha as estrelas é o restaurante, não o chef. As estrelas são atribuídas pela experiência global em si, não apenas pela qualidade da cozinha, fundamental, de qualquer forma.
3. Até 1933, o guia atribuía de uma a cinco estrelas. Nesse ano passou para a atual escala de um a três.
4. A Gala Michelin Ibérica é recente, data de 2010, altura em que a organização adotou um formato de iniciativa mais mediático, coincidindo com os 110 anos do guia. O Guia Michelin nasceu em 1900, como forma de apoio na estrada dos clientes que adquiriam pneus da marca francesa criada 12 anos antes pelos irmãos Édouard e André Michelin.
5. Nem sempre o mais famoso guia de restaurantes do mundo contou com uma capa encarnada. Na origem, a capa era azul, só tendo mudado para uma cor mais chamativa três décadas após a sua criação.
6. Desconhecem-se os critérios utilizados pelo Guia Michelin para a escolha dos restaurantes. Citando a fonte, o próprio guia, podemos afirmar que “as nossas estrelas, uma, duas e três distinguem as cozinhas mais notáveis, qualquer que seja o seu estilo. A escolha dos produtos, o controlo do ponto de cozedura e sabores, a personalidade da cozinha, a constância de prestação e a boa relação qualidade/preço são os critérios que, para além das diferentes cozinhas, definem as melhores mesas”.
7. Portugal tem restaurantes no Guia Michelin desde 1910, ano da primeira edição da publicação no nosso país. No ano da Implantação da República, chegavam às páginas do Michelin os restaurantes Santa Luzia (Viana do Castelo) e Mesquita (Vila Nova de Famalicão). Em 1936, Portugal contou com o seu primeiro restaurante com duas estrelas, o Escondidinho, na Invicta. Em 1974, Portugal viu quatro restaurantes galardoados com uma estrela: Portucale (Porto), Pipas (Cascais), Aviz e Michel (ambos em Lisboa).
8. Entre 1939 e 1973, o guia para a Península Ibérica não foi publicado. Dois factos contribuíram para isso, a Guerra Civil em Espanha e a Segunda Guerra Mundial.
9. Famoso mas não o único. Quantos de nós conhecem o guia Gault-Millau? Criado nos anos de 1960 é um dos mais conceituados prontuários da boa restauração, assim como o seu homónimo para os vinhos, abalando o formato do Guia Michelin, com seus textos irreverentes.
10. Também na competição da alta cozinha, o The World's 50 Best Restaurants, lista produzida pela revista britânica Restaurant, com base numa pesquisa internacional de chefs donos de restaurantes, gastrónomos e críticos.
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