Lá por este ser um prato de carne, isso não significa que tenha forçosamente de servir um vinho tinto a acompanhá-lo. Em várias partes do mundo, chefes e escanções têm vindo, nos últimos anos, a sugerir a maridagem das carnes de aves com brancos. Na maioria das vezes, como o peru é temperado com limão e/ou laranja, pede, depois, néctares com alguma acidez na harmonização. Se está a pensar servir um, estas são algumas das opções que deve considerar.

1. Reynolds Grande Reserva Tinto 2012

Elaborado a partir das castas Alicante Bouschet, Trincadeira, Aragonez e Syrah, é um vinho suave e elegante, com aroma fresco e frutado, em perfeita simbiose com a madeira que o resguardou durante o período de estágio. Na boca, é estruturado, fresco e elegante num conjunto de longa e agradável persistência. Deve ser, idealmente, servido a uma temperatura entre os 16º C e os 18º C.

Vinho

Este néctar é produzido pela Reynolds Wine Growers em Arronches, no Alto Alentejo, uma empresa fundada por Thomas Reynolds, um marinheiro e comerciante inglês que desembarcou no norte de Portugal em 1820, atraído pelo negócio do vinho. Na altura, estabeleceu-se, com os dois filhos, na cidade do Porto. Depois, foram para Espanha, mas acabariam por voltar para Portugal.

2. Quinta de Santana Riesling Branco 2017

Este branco monocasta, 100% Riesling, é uma sugestão de harmonização atrevida e irreverente. Depois de um estágio de quatro meses em cuba, foi engarrafado logo nos primeiros dias do ano, de modo a preservar os aromas mais sensíveis. Com uma excelente mineralidade, exala aromas vibrantes a fruta, sobressaindo a lima, a pera e a toranja.

Vinho

A acidez audaz, mas consistente, do Quinta de Santana Riesling Branco 2017, um vinho da região de Lisboa, produzido no Gradil, no concelho de Mafra, confere-lhe um final de boca longo e, acima de tudo, uma capacidade de envelhecimento fora do comum, permitindo a este vinho adquirir características únicas. Deve servi-lo a entre 8º C e 10º C.

3. Terra D'Alter Reserva Tinto 2018

Com 35% de Trincadeira, 35% de Tinta Caiada, 10% de Aragonez, 10% de Alicante Bouschet e 10% de Petit Verdot, foi feito a partir de uma seleção de vinhas velhas, plantadas na maior altitude do Alto Alentejo. A fermentação foi feita em pequenos tanques de inox, com maceração prolongada. Após fermentação maloláctica, o vinho estagiou em barricas de carvalho durante 22 meses.

Vinho

As melhores barricas foram, depois, selecionadas, resultando num vinho rico e complexo, típico desta região de Portugal. Para além de frutos vermelhos maduros, violetas e notas de especiarias, sobressaem camadas de fruta madura, complementadas com uma boa acidez e uma boa estrutura. Com um excelente volume com madeira bem integrada, apresenta ainda um final suave e prolongado.

4. Quinta d'Aguieira Branco 2018

A cor amarela sedutora que os olhos observam sobre um branco que surpreende pela persistência aromática é apenas um dos fatores distintivos deste vinho da Aveleda. As nuances elegantes e subtis da madeira pontuam as notas cítricas e florais que transbordam do copo. Macio e equilibrado, é um néctar intenso, frutado e complexo. O final longo e persistente atesta a sua capacidade única de envelhecimento. Alia a frescura cítrica às ervas usadas para temperar a carne.

Vinho

5. Alto do Joa Branco 2018

Proveniente da região de Trás-os-Montes, tem um aroma complexo, que revela secura, frescura e persistência na boca. A acidez é muito presente. Este vinho de curtimenta, um orange wine como também lhe chamam, é singular e único, com um aroma mais austero e complexo do que o habitual.

Vinho

É marcado por um sabor que se revela seco, fresco e persistente. Deve ser, idealmente, bebido entre os 10º C e os 12º C. Para além de vitela à padeiro, de leitão assado e de cabrito no forno, acompanha muito bem refeições condimentadas e singulares com queijo e pratos tradicionais como o arroz de cabidela.

6. Venha o Diabo e Escolha Reserva Tinto 2019

Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira e Touriga Nacional são as castas na génese do Venha o Diabo e Escolha Reserva Tinto 2019, um vinho de aspeto cristalino, com uma tonalidade de um granada profundo, feito por uma das mais populares bandas nacionais, os Anjos, em parceria com a a CARMIM, Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz.

Vinho

No nariz e no paladar, sobressaem aromas de fruta preta madura e especiarias. Intenso, com suaves taninos que lhe conferem um final de prova agradável e persistente, este vinho alentejano também combina bem, além de peru, de frango, de pato e de galinha no forno, com pratos tradicionais alentejanos com carne de porco e com queijos de cura.

7. Marquês de Borba Vinhas Velhas Tinto 2019

De uma tonalidade granada intensa, apresenta desde logo, no nariz, uma grande concentração de frutos pretos, apesar de também surpreender com aromas de folha de eucalipto e com algumas notas de especiarias provenientes do estágio em barrica. Elaborado com as castas Alicante Bouschet, Aragonez, Castelão e Syrah, este vinho da João Portugal Ramos, sediada em Vila Santa, em Estremoz, é marcado por um grande volume na boca, sobressaindo os taninos aveludados.

Vinho

8. Vidigueira Alicante Bouschet DOC Tinto 2019

Produzido pela Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, este monovarietal de Alicante Bouschet evidencia uma cor profunda e muito concentrada. O aroma a fruta preta com notas de cacau e algum fumado é uma das características distintivas deste néctar. Na boca, é muito encorpado, cheio e fresco, marcado por taninos bem maduros. O final do Vidigueira Alicante Bouschet DOC Tinto 2019 é longo e muito persistente.

Vinho

De um vermelho intenso, com um cheiro a prado campestre, tem sido comparado a uma avalanche de frutos vermelhos nas notas de prova. Com taninos macios e vivos, carregados de fruta com uma surpreendente acidez, apresenta uma estrutura equilibrada que nos lança para um final apimentado e aromático que nos faz sair de órbita. Foram produzidas apenas 6.000 garrafas, o que lhe confere alguma exclusividade.

9. Quinta da Leda Tinto 2018

Este vinho de qualidade superior, símbolo de exceção da riqueza e contemporaneidade dos grandes vinhos do Douro, caracteriza-se por uma grande complexidade e elegância, elementos distintivos e celebrados nos vinhos da Casa Ferreirinha, a marca com maior tradição de qualidade na região e uma das maiores referências mundiais. Além de 41% de Touriga Franca, tem 34% de Touriga Nacional, 13% de Tinto Cão e 12% de Tinta Roriz.

Vinho

10. Mãos Reserva Tinto Douro DOC 2015

Já não é fácil de encontrar mas, pelas suas características, é um vinho que ainda vale a pena procurar. De uma tonalidade violeta ruby, é um vinho com aroma predominante a vinho fortificado com notas de fruta vermelha. Na boca, os taninos são maduros e bem presentes com muito volume e frescura. Deve ser, idealmente, servido entre os 15º C e os 16º C. Também o pode saborear com carnes vermelhas grelhadas, carne de aves e pratos de caça.

Vinho