
Filha e neta de ceramistas, Liliana cresceu entre rodas de oleiro e fornos a lenha. Foi nesse ambiente profundamente enraizado na cultura minhota que desenvolveu a sua ligação à cerâmica — não apenas como ofício, mas como forma de expressão. Ainda assim, foi ao sair desse contexto que descobriu a amplitude da sua voz criativa.
Partiu rumo a Londres para estudar Design de Moda e Calçado, durante os cinco anos que lá viveu mergulhou no universo artístico da cidade. Visitou museus, percorreu ateliers, experimentou linguagens, viajou. Um processo de descoberta onde cada estímulo externo era absorvido com curiosidade e transformado em matéria criativa.

Concluídos os estudos, Liliana decidiu mudar radicalmente de direção. Abandonou o caminho da moda e regressou às origens, escolhendo a cerâmica como linguagem principal. Ao integrar-se na empresa do pai, reencontrou o barro — mas agora com um novo olhar. Foi aí que começou a dar forma às suas próprias peças, num espaço de liberdade criativa que marcaria o início da sua identidade artística. Essa experiência foi essencial para consolidar o seu percurso, lançando as bases do que viria a ser a Terrakota.
Fundada em 2022, a marca é o reflexo dessa travessia: entre o saber herdado e a visão própria. As peças — coloridas, orgânicas, quase escultóricas — são mais do que objetos decorativos. São manifestações de um território, de uma história e de uma artista que sabe ouvir a terra.

A Terrakota é, assim, um exemplo de como os saberes ancestrais podem ser reinventados sem se perderem. Mantendo um compromisso claro com a sustentabilidade e a autenticidade, cada criação é uma celebração do tempo lento, da matéria-prima e da alma portuguesa. Um testemunho vivo de que a arte pode ser, também, uma forma de cuidar da memória — e de a projetar para o futuro.

Dica Portugal Faz Bem
Crie um ponto focal com cerâmica artística.
Escolha uma peça statement semelhante às da Terrakota (como um jarro, uma taça escultórica ou um candeeiro de mesa) e coloque-a num espaço de destaque, como uma consola, mesa de apoio ou prateleira suspensa.
Combine com elementos naturais — madeira, fibras, plantas — para reforçar a ligação à terra e ao feito à mão.
A peça vai funcionar como obra de arte funcional e dar caráter único ao ambiente, evocando a beleza do imperfeito e a força da autenticidade.
Fique a conhecer mais empresas portuguesas aqui.
Comentários