O Pavilhão Carlos Lopes encerrou hoje as suas luzes, após mais uma edição de três dias de muita moda, animação e acima de tudo criatividade. O dia começou cedo e após a passagem do furacão Leslie, fomos brindados com um domingo solarengo que iluminou os primeiros desfiles do dia, que ocorreram no Lago do Botim do Rei no Parque Eduardo VII.

Imauve e Duarte da plataforma Lab dividiram a passerelle e apresentaram as suas coleções para a próxima primavera/verão 2019. Imauve trouxe as influências neoclássicas para uma coleção que ficou marcada pelas formas das esculturas gregas. Os tons escolhidos recaíram nos brancos, mármores e cremes, que se destacaram na seda, no algodão, nas malhas e no tule. Já Duarte optou por uma visão bastante diferente e a qual teve inspiração na famosa corrida de Fórmula 1 do mundo, o Monaco GP. A coleção explora o lifestyle da competição e mistura-o com tecidos técnicos e pele que realçam as cores das equipas.

De volta ao pavilhão foi a vez de Carolina Machado, também da plataforma Lab, mostrar uma coleção inspirada na Cuba dos anos 50, com tons quentes e num estilo sépia que deixa saudades.

Seguiu-se Andrew Coimbra com uma coleção inspirada no espírito despreocupado de um verão na cidade. À paleta de cores elegantes foi-lhes adicionado tons como o vermelho, o amarelo e o verde lima.

Olga Noronha voltou a surpreender os presentes com uma coleção onde o mote “Hipnopompia” foi o ponto de partida para as suas joias. A apropriação de um material de 1800 em extinção, assim como técnicas e estética do século XVI e XVII foi uma presença constante nesta coleção.

Um dos desfiles mais aguardados do dia rompeu na passerelle por volta das 19h e estamos a falar de Filipe Faísca. O designer que contou com plateia cheia, apresentou uma coleção inspirada no tradicional Bordado da Madeira e integrou-o no guarda-roupa da mulher atual. A paleta recaiu em tons suaves como o cru, o pêssego, o creme e o amarelo.

A inocência da coleção de Filipe Faísca
A inocência da coleção de Filipe Faísca
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O liberalismo feminino rompeu na passerelle pelas mãos de Gonçalo Peixoto, que apresentou uma coleção composta por silhuetas desconstruídas e com uma abordagem edgy.

Kolovrat focou-se nas cores vivas para criar uma coleção mergulhada na expressão democrática e optou por peças oversized com degradês e sobreposições para o fazer.

A noite já ia longa quando o Pavilhão Carlos Lopes se preparou para dar início ao último desfile da ModaLisboa, pelas mãos de Dino Alves. O designer foi o último a apresentar a sua coleção inspirada em “Tudo o que somos!”, com peças sobrepostas que nos deixam observar aquelas que se encontram por baixo. As cores escolhidas para as peças foram o vermelho, o lilás, o amarelo, o branco, o preto, os beges, os azuis, os verdes, os castanhos e também os dourados.

"Tudo o que somos" a coleção de Dino Alves
"Tudo o que somos" a coleção de Dino Alves
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Foi após este que as luzes se encerraram na esperança que a próxima edição da ModaLisboa não demore muito a regressar. Até lá dê uma vista de olhos em tudo o que se passou nestes três dias aqui!