A cada geração os mais novos vão apresentando diferenças, sinal que a humanidade está em constante mutação e evolução. Assim, facilmente o que guiou a nossa educação já não serve totalmente a deles e a deles não servirá a geração seguinte. Partindo deste pressuposto vamos falar sobre algumas regras que melhor preenchem as vontades dos mais pequenos e sabendo delas os pais vão estar mais enquadrados e em paz.

Algumas características notórias nas crianças de hoje e em grande maioria dos casos, autonomia, forte auto-estima, comunicação desenvolta, intuição, fácil socialização, padrões de exigência, rapidez de raciocínio, necessidade de experiências sensoriais e manuais, multi absorção, multi dimencionalidade, hábitos de alimentação diferentes, padrão afetivo e emotivo bem desenvolvido, entre outras.

Tendo em conta os pontos apresentados é necessário ter em consideração que as crianças necessitam de estar em bem estar, se tal não acontecer tornam-se embirrentos e mal dispostos com facilidade o que revela resistência a ambientes saturados, pessoas em desequilíbrio e momentos aborrecidos, requerem um desenvolvimento multi faceta que contenha muitas opções, boas soluções e bom nível emocional. Tudo o que cai fora deste cenário provoca problemas e as crianças refletem isso mesmo, surge a necessidade de um modelo em expansão e enriquecimento constante. É importante ver a criança num prisma que a respeita integralmente.

Um exemplo prático passa por entender as novas características, necessidades e talentos para melhor os apoiar. Entender que o coeficiente emocional e intelectual devem estar em equilíbrio e para que isto seja real e possível é necessário compreender bem a criança, seus dons e capacidades e de que maneira podemos contribuir para seu desenvolvimento mantendo a integridade destas características. Respeitar as regras dos mais pequenos não quer dizer que lhes damos o poder, quer dizer que os compreendemos com amor, atenção e tempo respeitando a sua individuação e ensinando-os a utilizá-la.

A nova geração está ligada a uma nova consciência pelo que parece natural que se entenda as novas crianças com outras capacidades cognitivas, emocionais, espirituais e psíquicas. O nível de empatia com o ambiente e todos que fazem parte do universo social é muito elevado pelo que há necessidade de apoio mais alargado, disponível e multifacetado. Com um perfil auto didata e autónomo estas crianças requerem adultos mais preparados pelo que alguns pais terão que estudar para estar à altura e fazer um acompanhamento educacional, técnico e emocional adequado. Quem não o fizer corre risco de desgaste, birras, mau aproveitamento escolar e perdas de tempo sem necessidade e por falta de comunicado eficaz e entendimento.

Há muita sensibilidade emocional, social, ética, comportamental e espiritual. O fato de o adulto não entender bem de algumas destas matérias não quer dizer que a criança não as tem e não deseja apoio qualificado. Surge a característica interna de utilização dos dois hemisférios cerebrais e isto naturalmente provoca toda a diferença pois a utilização do hemisfério direito, até ao momento menos desenvolvido ou evidenciado, remete para a sensibilidade, aprendizagem pelo meio visual, colorido, imaginativo, intuitivo e criativo. Pouca % destes pontos fazem parte do programa educativo ou de regras que apoiam o desenvolvimento infantil.

Assim as novas regras para os mais pequenos são auto estima para pequenos e grandes, conseguida através de momentos de auto-avaliação, frequência de pelo menos uma disciplina útil, escolhida pelo próprio onde possa desenvolver um dos seus potenciais inatos, educação emocional e positiva o que pressupõe momentos curtos mas de qualidade quando a educação é ensinada, não há castigos, gritos e chantagem emocional mas sim conversas firmes sem autoridade ou domino, dar o exemplo e seguir o exemplo num ambiente de empatia e simpatia, busca da verdade acima de todas as coisas com respeito e diferenças, contacto diário com a natureza numa tarefa de responsabilização pela limpeza da energia da casa e de cada Ser, e por fim escolhas e respeito mútuo, porque a criança pode saber menos ou estar menos preparada não quer dizer que podemos ter domínio e superioridade sobre ela pois isto assusta e inibe o bom desenvolvimento.

É importante que país e avós recebam esta informação e a tomem a sério, e que os mais pequenos tenha acesso a aulas de interiorização como respiração e relaxamento, criatividade e expressão. Nestas atividades a criança aprende a organizar-se, a saber lidar com os seus picos de energia física e criativa, a comer saudável e equilibradamente, a utilizar a energia mental e física de maneira equilibrada e a seu favor, a combater a ausência de concentração e eficácia principalmente em momentos de stress relacionados com as diversas épocas escolares, a interacção com a natureza e a música como elementos de estabilização e renovação.

Por:
Isabel Leal - Persica Autora
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