“A escola não tem condições mínimas, está a cair aos bocados. E nós só queríamos que alguém assumisse, de uma vez por todas, a realização das obras necessárias”, disse o presidente da Associação de Estudantes.
Segundo Rodrigo Vieira, nas salas de aula, no inverno “é um frio que não se aguenta” e no verão “é um calor insuportável”.
“O problema é que as caixilharias estão todas estragadas. Há infiltrações de água, pode haver curto-circuitos. A escola pode estar em risco de fechar por falta de segurança”, referiu.
Aludindo ainda a problemas com o sistema de combate a incêndios, às “péssimas condições” do campo de jogos e à exiguidade dos balneários, questionou o porquê de outras escolas do concelho “mais recentes e com mais condições” estarem na lista prioritária para obras e a “Frei Caetano ficar para trás”.
Segundo Rodrigo Vieira, a escola tem 38 anos e “nunca sofreu uma intervenção a sério”.
No protesto, marcou também presença a presidente da Associação de Pais, Susana Gomes, que disse que esta é “uma luta antiga” e que criticou o “jogo do empurra” entre a Câmara e o Ministério da Educação.
“Nós não pedimos uma escola nova. Apenas queremos condições básicas de segurança. Gostamos muito do projeto educativo desta escola, aqui os nossos filhos são conhecidos pelo nome e não pelo número, e isso diz tudo”, referiu.
Sublinhou que os pais não vão desistir da luta por obras na escola, admitindo que no início do próximo ano letivo a manifestação será frente à Câmara, se até lá nada tiver sido feito.
“Estamos há 15 meses à espera de uma resposta da Câmara”, criticou.
Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, manifestou-se “solidário” com a comunidade escolar da Frei Caetano Brandão, mas sublinhou que ao município cabe apenas a responsabilidade de assegurar a conservação e manutenção do edifício.
Segundo Rio, a escola precisa de uma intervenção estrutural, avaliada “seguramente” em mais de um milhão de euros, um investimento que, acrescentou, “compete ao Ministério da Educação”.
“A Câmara recebe por ano 20 mil euros do Ministério da Educação para manutenção e conservação da escola. Só na recente remoção do amianto o município investiu algumas vezes mais aquele montante. A Câmara nunca hesitou em intervir na escola, naquilo que está sob a sua responsabilidade”, acrescentou.
Para o autarca, “nunca houve vontade política” do Governo para intervir na Frei Caetano Brandão.
“Na lista de escolas prioritárias para obras, o Ministério da Educação incluiu duas escolas de Braga, mas a Caetano Brandão ficou de fora, vá-se lá saber porquê”, disse ainda.
A Lusa contactou o Ministério da Educação, mas ainda não obteve qualquer resposta.
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