A pressão arterial da mulher no momento da conceção pode influenciar o sexo do bebé, afirma um estudo internacional levado a cabo por um grupo de investigadores do Mount Sinai Hospital, em Toronto, no Canadá. Os cientistas descobriram, durante a pesquisa, que as que apresentavam níveis mais baixos tiveram tendência a ser mães de meninas, enquanto que as que registaram valores mais altos deram à luz rapazes.

«Esta nova perspetiva pode ter implicações em termos de planeamento reprodutivo e de entendimento dos mecanismos fundamentais que envolvem o rácio de sexos nos humanos», afirmou já publicamente Ravi Retnakaran, endocrinologista, um dos autores do estudo. Num documento publicado no American Journal of Hypertension, os cientistas revelam que estudaram um grupo de 1.411 mulheres em Liuyang, na China.

Além da pressão sanguínea antes e depois da conceção, foi avaliada a idade, o peso, os níveis de colesterol e o facto de serem ou não serem fumadoras. No fim da monitorização, tinham nascido 739 rapazes e 672 raparigas, longe do rácio de 50/50 que é muitas vezes considerado. Em 2009, um estudo científico defendeu que as mulheres que vivem mais perto da linha do Equador têm maiores probabilidades de gerar meninas.

Texto: Luis Batista Gonçalves