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Mães ou humanas?
Quando me soube grávida da primeira vez, determinei o tipo de mãe que queria ser e o género de rotinas que iria garantir aos meus filhos. Ia ser sempre paciente. Ia levá-los ao parque mesmo nos dias em que estivesse exausta. Ia definir um dia por semana para apenas falar noutro idioma com eles. Mal -
15 anos
A minha bebé tímida virou uma rapariga extrovertida, sociável e conversadora. Uma rapariga que se impõe desafios e que acredita na possibilidade das impossibilidades. Uma rapariga que está longe de perceber o tanto que me ensina todos os dias -
A maternidade (também) cansa
Adoraria poder acreditar nos blogues e nos perfis de facebook que vendem a maternidade como uma maravilha constantemente boa e perfeita. Sem birras, sem respostas tortas, sem gritos e castigos e, sobretudo, sem momentos em que tudo parece estar à beira do descalabro -
Ah, as boas e maravilhosas férias!...
As férias passaram a ser um frigorífico que parece esvaziar-se uma hora depois de eu ter chegado das compras -
Corpo de retalhos
Há coisas que nós, simplesmente, não conseguimos ver. Que, derivado da correria da vida ou da miopia da rotina, nos passam literalmente ao lado – até ao dia em que a realidade nos assola como um verdadeiro balde de água gelada despejada em cima do nosso coração. -
Tenho um ET na minha vida!
A bebé era linda, perfeita e tudo o que eu mais desejava, mas eu sentia-me a um passo de Golias de saber lidar com ela -
Longe dos olhos...
Estar a milhares de quilómetros dos meus filhos chega a parecer doentio de tão doloroso que é. Parece, sem exageros, que me falta uma perna e que ando a coxear, desorientada, pelas estradas da vida -
Quero que os meus filhos cresçam num mundo feliz
Hoje, os meus filhos acordaram cedo demais. Invadiram a minha cama, encostaram-se a mim e, num sussurro pesado, um deles perguntou-me: “os terroristas vão chegar a Portugal?” -
Deixem-nos estudar. Por favor?...
Torna-se ironicamente ridículo termos de andar a implorar para que deixem os nossos filhos estudar -
Aprendiz do amor
Garanti-lhe que lhe ensinaria o mais que pudesse, de forma a que, um dia, ela soubesse tomar as melhores das suas decisões. Quando nasceu, mal sabia que, neste processo, seria eu a grande aprendiz -
Crise de palavras
Numa altura em que a crise económica parece arrebitar para dar claramente lugar a uma crise nacional de valores, eu queixo-me de outro mal: a crise das palavras. Porque, por mais que eu seja uma pessoa que as cultiva, ando há largas semanas carente das letras que as formam. Ou do tempo que me permit -
Caixa de memórias
Os 29 anos de anos daquela caixa de música guardam memórias de uma vida imensa -
O tudo no nada
A história e o relato foram marcantes. A dor que ecoava das palavras era acutilante. Mas a força de viver que aquele casal revelava era simplesmente pedagógica -
As torradas da vida
Nunca perdi esta infantil capacidade de apreciar de olhos fechados as coisas boas da vida. -
Aluga-se marido
O meu estado de “divorciada” não me trouxe quaisquer contratempos – a não ser na hora de ter de usar um berbequim ou de querer mais tempo para mim. Até que me deparo com um estigma público que desconhecia por completo -
Deixai os meninos voar
Não sou fundamentalista, mas assumo a determinação nas minhas crenças (sendo que – atenção! - as minhas crenças de ontem podem ser radicalmente diferentes das que terei amanhã). Leva-me isto a uma crença que, pelo menos até agora, não mudou. A de que devemos mesmo deixar os meninos voar. -
“Tu chegas para todos?”
Perguntam-me muitas vezes se é possível dar a quatro filhos a mesma atenção que se daria a um ou dois. Não, não é. E não é sobretudo quando, em casa, não existe uma mãe e um pai para se dividir as atenções, tendo de servir apenas dois olhos, dois ouvidos, uma boca e dois braços para dar conta de tod -
O desafio da (minha) consciência
Este fim de semana foi, como habitual, maravilhoso. Mas só foi tudo maravilhoso até que me “vi” -
Nunca perdi muito tempo a pensar na maternidade
Mas talvez tenha sido precisamente nesta “inconsciência consciente” que a maternidade e a vida me surpreenderam. Não ter criado expectativas fez com que o ser mãe tivesse sido (e continue a ser) a mais incrível e desafiante experiência que tive até hoje -
As hipotecas da vida
Fará sentido hipotecar a nossa vida em prol de conceitos que se revelam verdadeiras utopias? -
Não são olheiras, senhores. São sinais da (matern)idade…
Com os olhos pesados de uma direta para que já não tenho idade, vim até ao meu quarto, vesti o pijama e estava a preparar-me para me entregar ao maravilhoso conforto dos meus lençóis quando senti um braço a tocar-me -
Como é que eu fui capaz?
Não sei se esta é uma questão que assola o pensamento de outras mães. Mas são invariáveis as vezes em que eu dou por mim a viver um verdadeiro buraco temporal que não parece fazer mais do que dar-me um valente estalo de realidade -
Tempos de mudança
Acredito que as mudanças são sempre para melhor – mesmo que, na altura da tempestade, os relâmpagos nos impeçam de ver imediatamente as vantagens