Mas sê-lo-ão menos se os reconhecer como uma característica natural dos bebés (e dos bebés que começaram a andar). O bebé não está a tentar manipulá-la nem a ser malicioso através destas crises.
Os sinais de cólera indicam a sua frustração quando tem problemas em comunicar ou quando fica aborrecido por não conseguir o que quer. Em especial quando as habilidades linguísticas do bebé ainda estão em desenvolvimento e começa a surgir um sentido de preferência, o bebé não tem outra solução senão recorrer às respostas primitivas e “infantis” do choro e dos gritos.
A boa notícia é que acabará por ultrapassar esta fase. Por agora, eis algumas dicas a não esquecer para manter a sua sanidade mental:
Seja compreensiva. O bebé desenvolve um sentido de auto-estima e felicidade à medida que vai cumprindo as suas vontades e necessidades, pelo que é preferível responder às suas “exigências” sempre que for possível. Se não puder dar ao bebé o que ele quer, este irá reagir emocionalmente, por isso fique calma e tranquilize-o. Também pode ser uma boa ideia propor outra opção.
A prevenção dá resultados. Poderá evitar alguns ataques de cólera evitando determinadas situações que o poderão perturbar ou planeando-as com antecedência. Dar ao bebé a oportunidade de escolher outras alternativas (comida, actividades, etc.) e de minimizar o uso da palavra “não” também ajudará a reforçar a flexibilidade emocional e a estabilidade.
Mantenha-se calma. Quando o bebé tem um ataque de cólera, mantenha-se calma e neutra. Se puder, resista a dar demasiada atenção à criança, para não alimentar a crise. Reconheça as suas emoções: "Estás zangado? Estás zangado porque queres outra bolacha?" Em seguida, exponha calmamente a sua regra. "Não há bolachas agora, só depois do almoço." Por esta altura, um bebé contrariado não irá absorver muita informação nem aprender. Evite discutir com o bebé.
Se gritar ou ameaçar, o mais provável será que a crise piore e que fique assustado (o próprio ataque de cólera poderá assustar o bebé por se sentir fora de controlo emocionalmente). Mantenha-se perto dele e abrace-o, se possível. Se o bebé se tornar violento, coloque-o num local seguro onde possa acalmar-se.
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