30O alerta vem da Academia Americana de Pediatria: o berço pode não ser um lugar seguro. A instituição aconselha os pais a deixarem o berço do bebé no mesmo quarto que eles durante os primeiros seis meses de vida para se evitar problemas relacionados com a síndrome de morte súbita, ou seja, quando a morte de um lactente aparentemente saudável acontece sem uma explicação plausível.

Um estudo da Universidade da Virgínia, citado pelo jornal inglês Daily Mail, aponta algumas causas prováveis para que esta síndrome, que assusta todos os pais, ocorra:

  1. O recém-nascido foi posto a dormir de barriga para baixo.
  2. Havia objetos no berço que aumentam o risco de sufocamento ou estrangulamento (mantas, brinquedos etc)
  3. A criança estava a dormir na cama dos pais, o que oferece perigos semelhantes aos da situação anterior.

Sem saberem explicar muito bem este fenómeno trágico, alguns especialistas crêem que as vítimas de morte súbita podem sofrer de um problema na zona do cérebro que controla a respiração e o despertar e que, por isso, têm mais dificuldade em reagir no caso de alguma coisa obstruir a respiração, como uma manta a tapar o nariz e a boca.

Pais e cuidadores são, por isso, aconselhados a evitar deixar objetos no berço, especialmente quando a criança está sozinha no quarto.

Debruçando-se sobre a questão da posição em que os bebés são deixados a dormir, os investigadores de Virgínia concluíram que só 54% dos profissionais especializados colocam as crianças na posição certa (de costas) – mas isto contra apenas cerca de 38% dos familiares, amigos e baby-sitters.

Além disso, o estudo concluiu que a morte súbita é mais provável de ocorrer numa cama de adulto.

Para garantir a saúde e integridade dos bebés, é imperativo não correr riscos, seguindo pelo menos estas recomendações:

  1. Coloque o bebé a dormir de costas, com a cabeça descoberta
  2. Durma no mesmo quarto que a criança nos primeiros seis meses
  3. Nunca partilhe a cama com o bebé
  4. Para o berço utilize um colchão firme, liso e impermeável

A exposição ao fumo de tabaco também pode estar na origem do fenómeno da morte súbita dos bebés. Quanto essa exposição acontece, tanto na gravidez como no pós-natal, provoca uma complexa série de efeitos sobre o desenvolvimento fisiológico e anatómico que podem estar ligados à morte súbita.

Segundo um estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, a probabilidade de morte aumenta a cada hora que um bebé é exposto ao fumo, o que o coloca numa posição de risco maior em relação à síndrome.