Taylor Swift, com três, incluindo o melhor álbum por '1989', e Kendrick Lamar, com cinco galardões,foram os grandes vencedores da 58.ª edição dos Prémio Grammy, entregues, esta noite, em Los Angeles.

Kendrick Lamar foi distinguido pelo melhor álbum de rap ('To Pimp Up a Butterfly'), melhor canção e atuação de rap ('Alright'), melhor colaboração de rap ('These Walls') e melhor videoclipe, por 'Bad Blood' (com Taylor Swift).

Contudo, o galardão mais ambicionado (o de melhor álbum do ano) foi para Taylor Swift, que venceu também na categoria de melhor videoclipe ('Bad Blood') e de melhor álbum de pop vocal.

Kendrick Lamar estava indicado para 11 prémios da indústria discográfica norte-americana, enquanto Taylor Swift somava sete nomeações, tendo-se tornado a primeira artista feminina a ganhar por duas vezes o Grammy para o melhor álbum do ano.

O grupo americano Alabama Shakes foi outro dos vencedores, ao arrecadar três prémios: melhor álbum de música alternativa ('Sound & Color'), melhor canção rock e melhor atuação rock ('Don't Wanna Fight').

O cantor britânico Ed Sheeran obteve dois gramofones, um dos quais pela melhor canção ('Thinking Out Loud').

Mark Ronson e Bruno Mars também foram agraciados com dois Grammy, incluindo o de melhor gravação, por 'Uptown Funk'.

Igualmente com um par de galardões foram para casa Little Big Town, The Weeknd, D'Angelo, Jason Isbell e Chris Stapleton.

O Grammy de artista revelação foi entregue a Meghan Trainor.

Já a melhor gravação de ópera foi para uma versão de 'L'Enfant Et Les Sortilèges', de Ravel, numa categoria para a qual estava nomeada 'Il ritorno d'Ulisse in Patria', de Monteverdi, pela orquestra Boston Baroque, com a participação dos cantores portugueses Fernando Guimarães e João Fernandes.

Muse venceu o melhor álbum de rock ('Drones'), Skrillex & Diplo arrecadaram o Grammy de melhor álbum de eletrónica ('Skrillex & Diplo present Jack Ü') e Chris Stapleton ganhou o melhor disco de country ('Traveller').

Na categoria de World Music, em que o brasileiro Gilberto Gil figurava entre os nomeados, ganhou Angelique Kidjo ('Sings').

A pianista brasileira Eliane Elías venceu, com 'Made In Brazil', o galardão de melhor álbum de jazz latino.

O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter recebeu o Grammy de melhor álbum falado ('A Full Life: Reflections at Ninety'); enquanto o lendário Tony Bennett levou para casa o seu 18.º gramofone, após triunfar na categoria de melhor álbum de pop vocal tradicional.

O tiro de partida da cerimónia dos Prémios Grammy ficou a cargo de Taylor Swift. Seguiram-se as atuações de Sam Hunt e Carrie Underwood e The Weeknd. Andra Day com Ellie Goulding ('Rise Up' e 'Love Me Like You Do') precederam a homenagem a Lionel Richie, que recebeu o prémio Personalidade do Ano, em que artistas como John Legend ou Demi Lovato se reuniram para recordar alguns clássicos como 'Easy' ou 'You Are'.

Little Big Town interpretaram a sua balada 'Girl Crush' antes de Stevie Wonder cantar 'That's The Way Of The World' para homenagear o falecido Maurice White do grupo Earth, Wind & Fire. Outro dos momentos da noite teve o 'carimbo' de Jackson Browne e The Eagles, que interpretaram 'Take It Easy', em memória do desaparecido Glenn Frey.

Kendrick Lamar interpretou "The Blacker The Berry" e "Alright", encerrando a sua atuação com a projeção do mapa africano impresso com a palavra Compton, a sua cidade natal.

Após quatro anos de ausência, Adele voltou aos Grammy, acompanhada ao piano, numa cerimónia que também contou com Justin Bieber.

Outro ponto alto foi a atuação de Lady Gaga, que com um jogo de luzes que desenhava sobre o seu rosto as mil e uma caras de David Bowie, protagonizou um espetáculo em que cruzou músicas do falecido artista britânico como 'Space Oddity', 'Changes' e 'Heroes'.

Chris Stapleton, Gary Clark Jr. e Bonnie Raitt prestaram homenagem a B.B. King.