Madonna reagiu publicamente, há pouco mais de uma hora, à anulação dos últimos concertos. "Uma despedida agridoce", admitiu publicamente a cantora norte-americana de 61 anos. Aquela que foi a digressão mais desastrosa de sempre da carreira da artista terminou dois dias antes do previsto. Os espetáculos de hoje e de amanhã, em Paris, foram cancelados por causa do novo coronavírus mas, desde o arranque, a 17 de setembro, em Nova Iorque, nos EUA, foram muitos os incidentes.
Dos 79 concertos inicialmente previstos, 18 foram anulados ou adiados. O primeiro, originalmente agendado para o dia 15 de setembro, foi desmarcado devido a problemas de produção e atrasos na montagem do equipamento de palco, uma situação que se viria a repetir no espetáculo de 12 de novembro, em Los Angeles. Em outubro, novembro e dezembro de 2019 e em janeiro, fevereiro e março de 2020, Madonna falhou 14 atuações, duas delas em Lisboa, devido a problemas de saúde, uma lesão muscular na anca que também lhe afeta a mobilidade de uma das pernas. "Apesar dos desafios, das dores e da chuva, estou muito agradecia por esta noite", assumiu Madonna na terceira noite em Lisboa, pouco antes de se despedir e de sair do palco a cantar, atravessando o corredor central da plateia do Coliseu dos Recreios.
Para poder atuar, a intérprete de sucessos globais como "Vogue" e "Rain", que chegou a dançar a coxear e num dos últimos espetáculos caiu de uma cadeira em palco, tinha de fazer seis horas de terapia por dia. Os médicos que a acompanham aconselharam-na a não fazer mais de dois shows seguidos. "Nunca tomo nada como garantido", desabafou a artista esta tarde, uma frase que também proferiu em vários dos concertos de promoção do disco "Madame X", na origem da "Madame X tour".
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