Desde que Conan Osíris se estreou no Festival da Canção que tem vindo a estar no centro das atenções, sendo que agora o motivo não é propriamente o seu estilo musical, mas sim a sua presença no Festival Eurovisão da Canção 2019, que vai decorrer em Israel.
São muitos os que pedem ao artista português, e outros cantores selecionados para o concurso, para estes aderirem a um boicote ao evento.
Nas redes sociais, este assunto foi comentado por Rui Maria Pêgo, após responder à questão de um fã através dos Instagra Stories.
"Acho que o Conan vai ter uma dificuldade imensa em escolher. Ele tem que fazer aquilo que ele entender, não deve ser uma coisa ditada pelo país. Mas é ingénuo achar que o que vai acontecer não vai ser político. É difícil de dizer porque por um lado acho importante que alguém como o Conan exista naquele contexto e seja uma demonstração de diversidade para o mundo inteiro, com um espetáculo que é visto por centenas de milhões pessoas", começou por dizer, referindo de seguida que viu a mensagem que Roger Waters, líder dos Pink Floyd, enviou a Conan a pedir para não marcar presença no evento.
"De facto, acho que se pode fazer mossa reagindo, mas também se faz mossa estando em direto. E estando lá em direto podes transmitir a tua mensagem", explicou, acrescentando: "Israel tem um política de agressão, colonização, violência que depois gera violência... Não consigo comentar isto em 15 segundos. O Conan tem que tomar a decisão que para ele fizer sentido".
De referir que o apelo ao boicote começou no ano passado, quando diversas organizações culturais palestinianas sublinharam que "o regime israelita de ocupação militar, colonialismo e apartheid está descaradamente a usar a Eurovisão como parte da sua estratégia oficial 'Brand Israel', que tenta mostrar 'a face mais bonita de Israel' para branquear e desviar a atenção dos seus crimes de guerra contra os palestinianos".
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