É bastante comum chegar-se à conclusão que tudo o que foi dito não foi, afinal, bem percepcionado.
A questão que lhe quero colocar é: já pensou, em algum desses momentos, porque é que será que a mensagem ficou distorcida?
Talvez não tenha sido a outra pessoa que não o escutou com atenção, poderá ter havido logo à partida uma intenção de boicotar o que desejava transmitir: por medo, insegurança ou vergonha.
Há demasiada informação nos dias que correm, vários estímulos aos nossos sentidos, e assim, se queremos ser assertivos, congruentes e consistentes nas nossas mensagens, devemos refletir a sério nelas antecipadamente. Qual é a intenção positiva por detrás do que quer afirmar, transmitir ou questionar?
Facilmente assumimos que os outros (nomeadamente os que nos são mais próximos) também vivem na nossa mente e então atalhamos, suprimos palavras, talvez as mais importantes.
O óbvio nem sempre é assim tão óbvio, faz-lhe sentido? Ressoa em si? Há algum eco de uma experiência pessoal sua? Assim:
- Se precisa de pedir ajuda, seja claro na sua solicitação. Pedir ajuda não é sinónimo de ser inferior, bem pelo contrário, saber pedir ajuda é uma manifestação do nosso lado humano, da nossa vulnerabilidade, que existe e não deve ser oprimida;
- Se deseja concretizar uma mudança, por exemplo, profissional, não tenha medo de partilhar a sua intenção.
Avalie numa primeira instância as três principais razões para se manter onde está, posteriormente as três principais razões pelas quais deseja sair. É importante valorizar o seu lugar, enquanto ser humano. Sem comparações.
É nas mudanças que evoluímos a nível pessoal, e consequentemente profissional.
Seja transparente consigo e com os seus. Manter-se numa situação onde está a perder a sua vitalidade não lhe irá permitir transmitir ao Universo que existe espaço em si para acolher o novo. E provavelmente o seu corpo vai encontrar formas de manifestar a insatisfação que reside no seu coração, através de doenças.
Em suma, comece por tomar consciência do que sente, este é sempre o primeiro passo. Avalie, de seguida, como pode partilhar as suas decisões de forma assertiva e consistente.
É importante que não existam elefantes na sala. Seja transparente e não deixe espaço para dúvidas. Se precisa de ajuda, peça: aos amigos, aos pais, aos sogros, aos colegas, aos irmãos, à sua cara metade. Seja honesto, consigo e com os outros.
Se quer assumir um novo projeto, comunique. Ninguém pode levar a mal que deseje evoluir, faz parte da natureza humana. Se quer ir passar dois dias fora sem filhos, também está tudo certo. Se precisa de terminar a sua relação porque ganhou consciência de que precisa de melhorar a sua relação consigo próprio, também é legítimo.
Seja congruente, e confie em si como gosta que os outros confiem!
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Soraia Sequeira é Life Coach e há três anos iniciou a sua viagem de autoconhecimento, por via da astrologia. Desde então, certificou-se em Coaching, Practitioner de Programação Neurolinguistica (PNL) e em Practitioner Time Line Therapy. Atualmente encontra-se a estudar Psicologia Transpessoal, com Constelações Familiares e Hipnose, e vai iniciar em breve o Master em Programação Neurolinguistica.
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