Setembro costuma ser um mês que dita novos recomeços, uma vez que estamos (quase) todos energizados pelas férias e tivemos oportunidade de reabastecer as nossas baterias emocionais. Contudo setembro de 2020 será um mês distinto, pois tudo este ano carece de maior acuidade sensorial.
Os regressos às aulas e às instalações das empresas estão assombrados pela incógnita dos respetivos modelos a adoptar, e tudo isto causa ansiedade e tensão.
Mais do que nunca é importante não descurar a saúde emocional e consequentemente psicológica, pois só a partir de um lugar centrado é que iremos conseguir tomar e acolher melhores decisões para as nossas vidas.
Existe quem continue a precisar de ajuda sem conseguir pedir e recorrer, existem muitas pessoas com narrativas profundamente tóxicas, depressivas e auto-boicotadoras.
Se se identificar com este tipo de perfil, não hesite em pedir ajuda, não adie mais. Toda a energia deste ano de 2020 pode ser encarada como maléfica se não nutrir por si e pela vida um sentido de amor profundo.
Fomos obrigados a abrandar e continuamos a ser convidados a refletir sobre as nossas escolhas e estilos de vida, por tal gostaria de chamar particularmente o seu foco para o facto de estarmos a aproximarmo-nos do outono/inverno, onde o nosso humor sofre naturalmente alterações, onde é muito mais fácil ver o copo 'meio vazio', ficar num estado apático.
A energia do sol é altamente revitalizante, e somos uns privilegiados em Portugal, uma vez que o sol nos acompanha grande parte dos meses, tendo assim facilitado imenso a forma como lidámos com o confinamento. Contudo, brevemente, a luz dos dias irá diminuir, a incerteza do que está por vir é uma sombra em cima de nós (e posso partilhar que ainda vamos ter oportunidade de assistir a acontecimentos duríssimos este ano).
Setembro é um mês que pede planeamento, regresso às rotinas, por tal, tendo em conta as circunstâncias atuais, é importante adoptar um comportamento mais flexível à imprevisibilidade, escolher mais de acordo com o que é genuinamente benéfico para o seu positivo estado emocional e não tanto de acordo com o que ditam as autoridades externas e alheias ao seu coração.
Ninguém terá, certamente, interesse em regressar à rodinha do hamster, porventura, é mesmo altura de deitar essa 'rodinha' para o lixo e convidar uma realidade mais congruente com o que deseja (ainda) ter oportunidade de viver e experienciar.
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Quem acolher ser, será. Acolha mais amor próprio, mais serviço comunitário. Mais propósito e sentido nos seus dias.
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