É seguro dizer que nem todos sabemos gerir as nossas emoções, pois inevitavelmente poderá haver uma tendência, em determinadas fases das nossas vidas, em que a opção mais confortável seja negar, rejeitar, ou mesmo oprimir a emoção em causa.

Há quem as separe em dois grupos: as boas e as más. Creio que é um pressuposto errado, uma vez que todas as emoções são necessárias para a nossa sobrevivência. Por exemplo, a raiva tem uma conotação muito negativa, sendo comum dizer-se às crianças que sentir raiva 'é uma coisa feia'. O que é que pode acontecer? Pois bem, quando não se vive esta emoção de forma saudável é o nosso organismo que acaba por sofrer as consequências. Há uma energia que nos queima por dentro, e nos induz a observar o mundo à nossa volta com o filtro da raiva nas nossas lentes.

Esta pode muito bem ser utilizada para realizar exercício físico, para subir a uma montanha e gritar a plenos pulmões, para desenhar numa tela em branco e deixar assim fluir toda a criatividade contida internamente, entre outras experiências.

Atualmente existe um conjunto de educadores, terapeutas e pais que já começam a reconhecer a importância de viver as emoções de forma natural, autêntica e sem filtros. Existem também alguns livros - como o 'Emocionário' de autoria de Cristina Núnez Pereira e Rafael Valcárcel - que são guias para as crianças e respetivos pais, que acompanhados de breves descrições auxiliam a distinguir entre medo, culpa, felicidade, alegria, frustração ou deceção.

Vivemos numa sociedade que nos pede para parar quando todos os estímulos nos aceleram. O objectivo desta paragem é para nos conectarmos, para nos centrarmos, para sentir e também conhecer que emoções habitam em nós.

Em vésperas do Dia dos Namorados existem demasiadas pessoas preocupadas com o julgamento alheio, com as expectativas que têm para si próprias, e poucas estão focadas em olhar para dentro: para validar o que sentem, para constatarem que são a sua melhor fonte de amor, de energia, mesmo que a emoção possa ser tristeza e não alegria.

A solidão e a solitude são estados distintos, e quando conseguimos viver as nossas emoções de acordo com o propósito maior de cada uma delas vamos conseguir fazer esta distinção, e assim caminhar na vida de forma mais saudável a nível psicológico e emocional.

Três benefícios de viver dignamente as emoções:

- Evita burnouts;

- Aumenta o índice de felicidade interna;

- Proporciona um ganho de consciência do conceito 'responsabilidade' , evitando assim culpar o outro.

Não fique refém da insegurança, do medo ou incompreensão. Almeje viver emoções que lhe tragam maior sentido de vida, como é o a aceitação, o amor e a gratidão.

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