Texto Escrito por Nuno Michaels inspirado no “Dodecálogo Espiritual” de Wayne Dyer

Apesar das pessoas não-espiritualizadas viverem exclusivamente segundo os cinco sentidos, quando eu observo todas as experiências internas que não podem ser explicadas pelos cinco sentidos físicos, ganho consciência de que a existência provém de algo absolutamente não-físico. De onde nascem, por exemplo, e como se formam, os meus pensamentos? Consigo perceber essa origem recorrendo exclusivamente aos cinco sentidos?

Apesar das pessoas não-espiritualizadas acreditarem que estão sós e não se abrirem à ideia de serem orientadas por mestres, inspiração divina, e outras formas de inteligência não-física, eu entro regularmente em silêncio, pedindo orientação superior, e suspendendo o meu próprio cepticismo entro em contacto com a essência profunda e a inteligência criativa que me acompanham sempre.

Apesar das pessoas não-espiritualizadas se voltarem para os poderes externos para dominar e controlar o mundo físico, eu dedico-me ao desenvolvimento das minhas próprias capacidades, para afinar o intelecto, o coração e o corpo físico e a minha capacidade de produzir valor, partilhar e servir o mundo a partir de quem sou.

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Apesar das pessoas não-espiritualizadas se sentirem separadas e à parte de todas as outras, eu sei que a forma como trato os outros é a forma pela qual me trato a mim mesmo. Por isso, sei também que não posso definir os outros a partir dos meus julgamentos, e que quando defino os outros estou, na realidade, a definir-me a mim mesmo.

Apesar das pessoas não-espiritualizadas interpretarem a vida como uma rede de causas e efeitos, eu reconheço e existência de um poder superior a actuar no Universo por detrás da mera aparência de causalidade.

Apesar das pessoas não-espiritualizadas serem movidas por realizações pessoais, desempenhos específicos e aquisições, eu sou movido pela ética, pela serenidade e por melhor qualidade de vida, porque a vida é muito mais ampla do que qualquer sucesso passageiro. O meu valor fundamental vem do que que sou capaz de dar de mim próprio, não vem do que sou capaz de acumular. O meu imaginário é muito mais rico do que qualquer inventário.

Apesar das pessoas não-espiritualizadas não terem lugar na sua consciência para a prática da meditação, eu não concebo a existência sem cultivar a vida interior e os momentos de contemplação, oração e silêncio.

Apesar das pessoas não-espiritualizadas não validarem a sua intuição, ou tomarem-na como um pressentimento ou pensamento confuso, eu procuro exercitar e apurar a minha intuição, porque essa é a forma do meu diálogo permanente com Deus.

Apesar das pessoas não-espiritualizadas rejeitarem o mal e buscarem eliminar o que consideram ser ou encarnar o mal, eu sei que tudo o que odeio ou combato me enfraquece, e tudo a que sou favorável me apoia e fortalece. Eu sou a favor do bem, não sou contra o mal. Rejeitar o mal é participar do mal que rejeito.

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Apesar das pessoas não-espiritualizadas não terem um senso de respeito pela Vida, e não se sentirem, em nada, responsáveis pelo Universo à sua volta, eu respeito e reverencio a vida, não retiro da Terra mais do que necessito e devolvo ao universo, sob alguma forma, aquilo que tomo emprestado.

Apesar das pessoas não–espiritualizadas serem repletas de ressentimentos, hostilidade e ânsia por vingança, eu sei que o perdão e a aceitação são simultaneamente o objectivo, a condição e o resultado mais elevado de uma vida plena e amorosa. Sei que o verdadeiro sofrimento não nasce do que os outros me fazem, mas da minha própria recusa em aprender o que os outros me vêm ensinar.

Apesar das pessoas não-espiritualizadas crerem viver debaixo das limitações do “mundo real” e não terem um senso de poder para recriarem as suas próprias vidas, interpretando os milagres à sua volta como acontecimentos casuais e fortuitos derivados da sorte ou do acaso, eu acredito na magia e nos milagres que acontecem quando me alinho com a minha essência e me abro à orientações divinas e de amor. Apesar das pessoas não-espiritualizadas não confiarem em nada que não sejam elas próprias a controlar e influenciar, eu prefiro exercer o auto-controlo, perante a frustração, do que tentar controlar as circunstâncias. O meu poder é mais forte quando sei que tudo é possível, me rendo e me deixo guiar.
Nuno Michaels

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Convidado Nuno Michaels

   Nuno Michaels é conselheiro astrológico, Life-Coach e professor de Astrologia Psicológica no QUIRON - Centro Português de Astrologia. Orienta grupos em Lisboa, Porto e Faro e mantém, desde Janeiro de 2009, uma rubrica semanal sobre Astrologia, Espiritualidade e Desenvolvimento Pessoal no Rádio Clube Português.
Mais sobre o seu trabalho em www.nunomichaels.com

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