Uma agência tentou recrutar novas modelos à entrada de um hospital especializado no tratamento de pessoas com distúrbios alimentares em Estocolmo, denunciou o Centro de Estocolmo para Distúrbios Alimentares.
"Ficavam em frente à entrada do edifício à espera que as jovens saíssem", explicou a diretora do estabelecimento público, Anna-Maria af Sandeberg, à agência sueca TT. A diretora não informou o nome da ou das agências envolvidas.
Segundo o centro médico, os caçadores de modelos conheciam em detalhes os hábitos do estabelecimento e não tinham nenhum limite. "Uma das meninas procuradas estava numa cadeira de rodas devido ao seu estado e fragilidade", lamentou Sandeberg.
Este assédio já se prolonga há vários meses e os horários do estabelecimento para visitas e saídas dos pacientes tiveram ser mudados.
Questionado pela TT, o diretor da agência Elite Model Management de Estocolmo, Fredo Kazemi, denunciou o método. "É repugnante e contrário à ética. Eu não posso acreditar que uma grande agência séria possa trabalhar desta maneira", assegurou.
O Centro de Estocolmo para Distúrbios Alimentares é o maior centro especializado na área na Suécia. Anualmente trata 1.700 pacientes, maioritariamente adolescentes mulheres, mas também meninos e adultos. Alguns estão hospitalizados e outros recebem tratamento regular no hospital.
O mundo da moda é muitas vezes estigmatizado por incentivar a magreza extrema e apresentar modelos com anorexia. Além de Espanha e Israel, onde é obrigatório que as modelos estejam acima de um determinado peso, os profissionais devem seguir códigos de conduta não vinculativos.
AFP
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