O Sapo Mulher saiu à rua para saber que expetativas têm as mulheres em relação a esta quadra festiva e apurar também o que vai na mente masculina sobre o Natal. Curiosamente as opiniões não são tão divergentes assim, exceto num ponto: compras!

João, 37 anos, é publicitário e um ferveroso defensor da época: “Podem dizer que o Natal é muito consumista nos dias que correm e que as pessoas só se preocupam em fazer compras e estarem enfiadas nos centros comerciais, mas só o fato de se preocuparem em comprar o presente ideal para aquela pessoa já faz toda a diferença. E isto não tem nada a ver com ser homem ou mulher!”. Já a docente universitária Ana Sofia, 41 anos, acredita na diferença entre o olhar feminino e o masculino: “Os homens não estão tão ligados como as mulheres a esta época. São elas que tratam do peru, dos enfeites, da maioria dos presentes…eles concentram-se em muito pouca coisa e stressam imenso.”

As opiniões divergem e não há uma teoria que prevaleça, pois trata-se de uma situação muito subjetiva. A psicóloga Ana Martins explica: “O cérebro feminino não funciona da mesma forma que o masculino. A mulher tem características de maior organização e capacidade para fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo, ao passo que o homem é mais focado numa tarefa, disperçando-se com maior facilidade. Estas características podem ser aplicadas a esta quadra festiva, mas num sentido muito subjetivo.

Clara e António, 28 e 30 anos respetivamente, revelam que no início da sua vida de casados o Natal significava discussões à porta: “O António não quer passar muito tempo nas compras, mas sabe que as tem de fazer, logo aí começa o mau humor. Que dura o dia inteiro. Depois não quer arrumar a casa para receber os convidados, depois não quer limpá-la depois da festa, enfim, houve um ano que tivemos de nos sentar e resolver o assunto”. António interrompe o discurso para sair em sua defesa: “O problema é que a Clara demora muito tempo a escolher os presentes e até encontrar o presente ideal, é um entra e sai de lojas incrível.” Como é que o casal resolveu o problema: divisão de tarefas. A Clara ficou com os presentes para mulheres e o António com os presentes masculinos.

A psicóloga Ana Martins adverte sobretudo para não deixar que estes problemas estraguem a verdadeira essência da quadra natalícia: “ É fundamental concentrarmo-nos todos, homens e mulheres, no princípio da partilha do Natal e pôr de parte o nosso lado mais egoísta. Em épocas de crise é mais natural haver discussões e divergências, pelo que esta é a altura ideal para se esquecer a troika e o FMI e concentrarmo-nos em valores mais nobres.