As mulheres com cancro de mama não perdem a feminilidade e é precisamente isso que Stéphanie Gurba-Ribeaud pretende mostrar nas fotografias que tirou nos últimos meses e que, desde ontem, estão expostas em várias vitrinas de Porrentruy, uma pequena vila do cantão do Jura, no norte da Suíça. Béatrice Monnin, enfermeira do Hospital do Jura, foi o elo de ligação às duas dezenas de voluntárias, muitas delas vítimas de mastectomia, que aceitaram ser fotografadas, sem roupa, pela fotógrafa.
"Elas disponibilizaram-se, de imediato, para se despir, até porque estão habituadas a fazê-lo. Tiveram de o fazer muitas vezes para mostrar o peito aos médicos", sublinha Stéphanie Gurba-Ribeaud. "Como o cancro de mama limita os movimentos, tivemos em conta essa mobilidade reduzida, mas as poses acabaram por ser muito instintivas", garante. Algumas pediram, todavia, para não estarem sozinhas, envolvendo os maridos, os filhos ou as amigas num projeto que (também) explora a sensualidade feminina.
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