O génio da moda foi despedido da Dior, marca da qual foi diretor artístico, em março de 2011, após a divulgação de um vídeo onde lançava injúrias antissemitas contra um casal num bar do bairro Les Marais, em Paris. Galliano avançou com um processo, alegando no tribunal que a sua demissão foi improcedente. O tribunal deu-lhe razão, indicou a advogada de Galliano, Chantal Giraud van Gaver.
A Dior perdeu a causa porque a sua estratégia é "equivocada", ao alegar que Galliano não era um funcionário da casa, disse a advogada à AFP. Galliano foi também despedido da sua própria marca "John Galliano", que pertence ao mesmo grupo de luxo francês que detém a marca Dior.
O Tribunal de Relações Trabalhistas decidiu contra o advogado da Dior, Jean Néret - representante também da marca John Galliano -, que alegou que o caso não poderia ser tratado naquele local porque o estilista era um trabalhador independente e não um funcionário da Dior, revelou a revista especializada de moda Womens Wear Daily (WWD).
A advogada do estilista explicou que a Dior não pode alegar que Galliano, responsável pelas coleções femininas da marca durante 15 anos, não era um funcionário da casa. "Não se pode impugnar a existência de um contrato de trabalho perante toda a evidência", disse.
A primeira batalha judicial foi ganha por Galliano, mas o tribunal trabalhista francês admitiu examinar o caso, declarando que é qualificado para fazer uma audiência e ouvir as declarações de Galliano sobre a sua demissão da Dior.
A vitória de Galliano na audiência soma-se à que obteve há algumas semanas, quando foi convidado para trabalhar em Nova Iorque pelo estilista Oscar de la Renta.
5 de fevereiro
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