A crise económica internacional afectou também o mercado de luxo. Desengane-se quem pensa que este nicho ficou de fora das contas internacionais que obrigam famílias a contenções inesperadas e empresas a cortes no orçamento.

A melhor forma de resolver o assunto no mercado das griffes foram as fusões a que temos assistido com alguma regularidade desde Março deste ano.

Assim, a LVMH (que detém a Louis Vuitton, Givenchy, Kenzo, Céline, etc.) incorporou a italiana Bulgari e Labelux integrou a marca de sapatos mais cobiçada pelo público feminino: a Jimmy Choo.

Paralelamente, a Hermès vendeu os 45% que detinha na Jean Paul Gaultier ao grupo espanhol Puig, optando assim por concentrar-se no seu próprio desenvolvimento.

Por último, o Paris Group adquiriu a Gianfranco Ferré e a francesa Louis Féraud.

Outra forma de lidar com este período conturbado são as parcerias entre griffes. Veja-se o caso da Diesel e da Adidas que recriaram seis modelos clássicos.

Stefano Rosso da Diesel refere a este propósito: “Esta colecção é uma evolução da anterior, mas ainda com mais elementos que relembram o verdadeiro ADN das duas marcas. Acredito que realmente éramos capazes de levar o produto para o próximo nível e criar algo único para os fãs das nossas duas marcas!”

Reinventar parece ser a palavra certa para este período. A marca espanhola Mango optou por apostar nas vendas online. Com uma nova imagem web pretende um triplo objetivo: uma navegação mais fácil, o agrupamento dos artigos por categorias de produto e uma visualização de imagens de peças mais elaborada e de maior qualidade.

É que a facturação correspondente à venda online da empresa durante 2010 ascendeu a 21 milhões de euros. Ao longo de 2011, está previsto continuar com a expansão online e duplicar a facturação, tanto através do portal próprio, como também através da abertura de corners online nos melhores portais de toda a Europa e Ásia.

A marca de vendas por catálogo. La redoute, também já alinhou com o online. A aposta num fashion adviser virtual tem sido útil para quem tem de rentabilizar o pouco que tem para gastar.

Mesmo para quem opta por uma peça com griffe, já pensa duas vezes antes de tomar a grande decisão, pois o mercado está em verdadeira ebulição e o consumidor começar a consciencializar-se dos efeitos práticos da crise.