Beber água mineral natural ou de nascente há muito que deixou de ser um luxo, para ser algo natural. Diria mesmo que a partir do momento em que se passou a engarrafar água democratizou-se o acesso a um produto 100% saudável e natural, que chega aos quatro cantos do mundo tal qual a natureza o disponibiliza.
Para que possamos ter acesso a este produto 100% saudável e natural, que respeita uma tradição portuguesa, existe todo um processo de comprometimento com a natureza. Um compromisso que começa na indústria, que tem a missão de garantir que as gerações futuras possam beber água mineral natural e de nascente em quantidade e qualidade idêntica à que nós bebemos atualmente.
Se por um lado a água mineral ou de nascente é um produto natural, sem adição de químicos, que fornece sais minerais que complementam a dieta diária, por outro a forma como chega à nossa mão, embalada em PET ou em garrafa de vidro, leva muita gente a apontar o dedo à indústria.
Preservar a qualidade e a pureza original
A opção de transporte será sempre a opção mais segura e conveniente. E porquê? Porque as embalagens são um elemento essencial, que permitem preservar a qualidade e a pureza original, além de oferecem funcionalidade e mobilidade.
Para que a água mineral ou de nascente chegue à nossa mão com as características originais a sua captação é efetuada com recurso a materiais como o aço inoxidável e o processo de engarrafamento é efetuado obrigatoriamente nas proximidades do local de captação. Além disso, as empresas engarrafadoras têm implementados Sistemas de Segurança Alimentar “HACCP” e são alvo frequente de controlo da qualidade, quer interna quer oficialmente.
As águas engarrafadas são embaladas em garrafas de vidro ou em PET (leia-se polietileno tereftalato, um polímero de alta qualidade em termos de segurança alimentar). Estes materiais são totalmente recicláveis e constituem um sistema seguro e higiénico para proteção do produto água.
Uma riqueza de Portugal
A grande diversidade geológica de Portugal traduz-se numa enorme variedade de águas minerais naturais e de nascente, o que permite ao consumidor fazer as escolhas da sua preferência, de gosto e paladar.
No último ano muito se falou da desertificação das regiões do interior. No entanto, o setor das águas minerais naturais engarrafadas conta com 32 unidades de engarrafamento localizadas em regiões desertificadas ou zonas rurais, onde por vezes não há suficientes alternativas ao nível de empregabilidade das populações.
A indústria do engarrafamento das águas minerais naturais e de nascente contribui, assim, para a fixação das populações nestas regiões e é responsável por levar as águas portuguesas aos quatro cantos do mundo.
Uma resolução para 2023
A indústria assume a proteção ambiental e a preservação do recurso como a sua grande missão. Uma missão onde a defesa e valorização do recurso natural e o respeito integral pela renovação dos recursos naturais em quantidade (caudal) e qualidade (pureza original) são a pedra basilar da própria indústria.
Para que a mais pura das bebidas que existe na natureza chegue até si de forma segura e conveniente, a indústria não abre mão da escolha das embalagens mais adequadas. Estas embalagens cumprem integralmente todas as exigências ambientais em termos de reciclabilidade. Mais, a indústria das bebidas tem estado na linha da frente a defender a urgência da adoção de um sistema de depósito para as embalagens de plástico e de um SIGRE Vitaminado para as embalagens de vidro, com vista à maximização da recolha destes resíduos de embalagem para que possam ser novamente utilizados na produção de novas garrafas, fechando o ciclo destes materiais. Por tudo isto, apontar o dedo à indústria não é honesto.
Está na mão da indústria preservar o ciclo da água mineral natural ou de nascente. E está na mão das entidades competentes melhorar a eficiência dos mecanismos para a gestão dos resíduos das embalagens. Mas, está na mão de cada um de nós – consumidores – colocar no ecoponto a embalagem ou garrafa vazia e deste modo preservar o ciclo dos materiais. Que tal colocarmos estes desafios na nossa agenda de 2023?
Um artigo de Francisco Furtado de Mendonça, diretor geral APIAM - Águas Minerais e de Nascente de Portugal.
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