Em 2010, cada mulher tinha em média 1,37 filhos, segundo o Índice Sintético de Fecundidade. Isto significa que os nascimentos caíram mais de metade desde 1960, altura em que era normal um agregado familiar ter, em média, 3,2 bebés. Apesar da crise económica, esta discussão não é nova: a taxa de natalidade tem vindo a descer ano após ano e não é por opção, mas sim por dificuldades económicas e sobrecarga de horário laboral.
Se faz parte do grupo das mulheres que está à espera de uma altura mais próspera para ter filhos, é melhor ter paciência, pois o fim da crise económica é uma incógnita. Não espere por uma situação melhor, opte por planear o seu filho e ter as contas feitas quando este sair para o mundo.
Até aos 25 anos, um filho de uma família de classe média baixa custa cerca de 236 euros por mês aos pais, enquanto isso, se a criança pertencer a um agregado de classe média alta, vai custar 679 euros por mês, de acordo com um estudo da Universidade de Coimbra.
Poupe e aproveite os apoios do Estado, se for caso disso. Para que o fardo financeiro dos filhos não caia apenas sobre os ombros da população, existem os apoios estatais à natalidade. A proteção social na parentalidade consiste na atribuição de subsídios que substituem os rendimentos de trabalho perdidos durante os períodos de impedimento para a atividade profissional.
Antes do bebé
As despesas começam antes do petiz sair para o mundo. Para além da preparação do quarto para receber o bebé, nesta fase grande parte dos gastos estão relacionados com saúde. É importante definir se vai optar pelo serviço público ou vai recorrer ao privado.
Público: Se optar pelo Serviço Nacional de Saúde, fique a saber que tem direito a assistência médica gratuita, consultas e exames nos centros de saúde, hospitais e maternidades públicas. Também tem direito a consultas e tratamentos dentários: três cheques que podem ser utilizados até dois meses após o parto.
Privado: Se preferir a segurança do privado, pode ser acompanhada durante a gravidez e após ter o bebé por um hospital privado. Para que estas despesas não seja tão penosas, adira com antecedência a um seguro de saúde que cubra estes custos. Existem vários no mercado, com diferentes condições e coberturas. Procure contratar um que cubra outras despesas para além do parto, como consultas de especialidade e análise médicas. Outro aspeto ao qual deve dar atenção é ao período de carência que, em alguns casos, pode rondar os 17 meses.
Veja na página seguinte: Durante a gravidez
Um bebé é uma fonte inesgotável de despesa. Antes de se pôr a gastar dinheiro em objetos desnecessários, faça uma lista de tudo o que é indispensável e calcule quanto irá gastar. Se não fizer questão de ter tudo novo, poderá perguntar aos seus amigos e familiares se alguém tem material que possa emprestar, como o berço, cadeirinha do automóvel ou brinquedos. Todo o dinheiro que conseguir poupar deverá ser colocado numa conta poupança ou num depósito a prazo para o seu filho, onde ficará a render juros. Apoio do Estado. Caso o agregado familiar tenha rendimentos até 8803,62 euros anuais poderá receber uma ajuda pré-natal durante seis meses. O valor oscila entre os 92,29 euros e 140, 76 euros por bebé. Para gémeos, o montante é a dobrar. Nas famílias monoparentais há uma majoração de 20% do valor do abono. Veja na página seguinte: Depois do bebé As primeiras semanas de vida de uma criança são agitadas e repletas de emoções, principalmente para os pais. Nesta fase, o principal apoio estatal é a proteção na parentalidade (subsídio de maternidade), que poderá ser rentabilizado ao máximo. Sabia que o valor do subsídio de maternidade é equivalente ao ordenado bruto? Aproveite para poupar para o seu filho nesta altura. O subsídio parental pode ser gozado exclusivamente pela mãe ou pelo pai, mas o ideal é a licença partilhada. É concedido até 120 ou 150 dias seguidos, de acordo com a opção do pai e da mãe. O período depois do parto pode ser partilhado por ambos, sendo obrigatório a mãe gozar as primeiras seis semanas (42 dias). Neste caso, o subsídio será pago mensalmente com base em 83% do rendimento de referência. Durante a gravidez
Depois do bebé
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