A regra dos 10%

Dizem os consultores financeiros que deveremos poupar 10% daquilo que recebemos todos os meses. Uma generalização perigosa e que poderá gerar algum desconforto e desmotivação por parecer impossível de atingir.

Se acha que não consegue poupar 10% do seu rendimento mensal, pergunte-se quanto pode poupar de forma efetiva e consistente ao longo do tempo. Talvez 5%. Talvez 1%. O importante será conseguir poupar algum montante todos os meses, na expetativa de criar hábitos de poupança que poderão mudar a sua forma de encarar o consumo. E para o ajudar, sugerimos que faça da poupança um processo automático de modo a garantir que logo que o dinheiro cai na sua conta o dinheiro é transferido para uma conta de poupança automática.

Mantenha um fundo de emergência

A segunda sugestão passa por assumir uma postura de prudência, mantendo uma poupança para os imprevistos. A poupança do seu fundo de emergência irá evitar que tenha de se endividar numa altura em que não terá a capacidade para negociar as melhores condições para o seu caso específico.

Para o ajudar na constituição do seu fundo de emergência sugerimos que leia 6 regras para uma correta elaboração do orçamento familiar, um artigo que irá mostrar formas de controlar o seu dinheiro e evitar que este o controle a si.

Reduza os seus custos fixos

Os custos fixos são uma das grandes fontes de desperdício no orçamento familiar. Falamos de contratos com ginásio, telecomunicações e outros serviços utilitários. Estes gastos são legítimos e necessários (alguns) mas deverão ser adequados com o seu orçamento familiar e com as suas necessidades. Se não vai ao ginásio com regularidade qual a lógica de gastar €50 todos os meses? Ou se não usa internet no telemóvel por que motivo estar a pagar um pacote com 2 GB de internet?

A ideia que queremos vincar é a necessidade de avaliar as suas necessidades, tomar opções e consumir de acordo com aquilo que considera justificável.

Consolide os seus créditos

A quarta dica de poupança consiste na consolidação de créditos, o que irá possibilitar reduzir os seus custos fixos e libertar liquidez para fazer face aos seus outros desafios financeiros. Sugerimos que simule aqui a sua prestação e veja quanto pode poupar com os seus créditos.

Sabia que poupar é o melhor remédio?

Escrevemos aqui há alguns dias que poupar é o melhor remédio. Poupar é algo que está ao nosso alcance e que depende (quase) só de nós. Assim, ao fazer o seu orçamento, rever os seus custos fixos, consolidar os seus créditos e manter uma postura permanente de corte de custos irá libertar dinheiro para poder gastar noutro lado. Por exemplo, poupar dinheiro para as férias ou para algum investimento.

Rui Bairrada