Convém sempre não esquecer que a nossa cultura não reforça e/ou enaltece o papel importantíssimo das emoções na arte de bem-viver (desenvolvimento pessoal). Aprendemos a pensar e a agir como seres ponderados, racionais como "porta" para o êxito (prestigio, estatuto, controlo e poder) quando, na realidade, percebemos que este tipo de conduta é completamente irreal e impraticável.
Aparentamos, fingindo e/ou fazendo de conta, que não sentimos dor e negamos as nossas básicas emoções, por exemplo, o medo. Expressar o medo pode ser sinónimo de antecipar uma tragédia ou sinónimo de fraqueza e fragilidade. Se falamos na morte parece que antecipamos a fatalidade, se expressamos a nossa raiva e a vergonha, é moralmente criticado, preconceituoso e rejeitado. Não podemos perder o controlo. Mas afinal qual é o tipo de controlo que tanto se apregoa? Segundo a nossa experiência, constatamos que afinal nunca o possuímos verdadeiramente. Ao ignorarmos a linguagem universal das emoções, nunca iremos explorar e conhecer as nossas verdadeiras fontes de poder.
Na realidade, cabe a cada um de nós contrariar esta tendência disfuncional de não sermos verdadeiros com as nossas emoções. Sabia que os sentimentos são uma fonte de poder? Uma das vias para o auto conhecimento e valorização do self é através das emoções, sejam elas dolorosas ou não.
Algumas fontes de poder estão associadas às emoções. Certamente já ouviu falar do poder da intuição, do poder da simulação, do poder da metáfora e do poder de contarmos a nossa história.
"O poder da intuição possibilita-nos avaliar rapidamente uma situação.2. O poder da simulação deixa-nos imaginar o curso que uma ação pode tomar.
3. O poder da metáfora permite que nos baseemos na nossa experiencia, sugerindo paralelos entre situação atual e algo que já vivemos.
4. O poder de contar histórias ajuda-nos a consolidar as nossas experiências, de modo a torna-las disponíveis no futuro, quer para nós próprios, quer para o outro”.
Dr. Gary Klein
Através do poder das emoções aprendemos a distinguir entre as decisões importante e as decisões irrelevantes, que acrescentam valor ao self e ao rumo da nossa vida.
Aprenda a identificar, a gerir e a lidar com o poder das suas emoções dolorosas e construtivas. Melhore a qualidade das suas decisões.
João Alexandre Rodrigues
Addiction Counselor
http://recuperarequeestaadar.blogspot.com
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