Ficamos com medo. Onde é que vamos parar? Quando é que a crise acaba? Ninguém sabe, incluindo aqueles indivíduos “mentes brilhantes” que ouvimos, todos os dias, nos meios de comunicação social. Eles limitam-se a dar palpites e a fazer previsões sobre os mercados, recorrendo a raciocínios e a especulações que ninguém percebe muito bem como funcionam na prática, enfim.
Precisamos de um milagre para sair da crise? Segundo o dicionário da língua portuguesa, 6ª Edição - Porto Editora - milagre é: “Facto inexplicável pelas leis da natureza, atribuído a causa sobrenatural, intervenção sobrenatural; efeito cuja causa escapa à razão do homem; coisa muito extraordinária.”
Refletindo sobre esta definição, não acredito que seja boa ideia colocarmos o rumo da nossa vida nas mãos do sobrenatural, vulgo milagre. Eu não coloco. E você?
Será que a solução passa por todos nós? Os ditos milagres são desencadeados por um conjunto de atitudes e comportamentos, do dia a dia. Na sociedade atual, considero que dependemos, erradamente, dos resultados imediatos das nossas ações, em vez de pensarmos que as nossas decisões e escolhas refletem-se no futuro, seja elas boas ou más, a que designo de processo (ir para a frente, avançar, aconteça o que acontecer). Na natureza, não existem milagres, aquele que sobrevive não é o mais forte ou o maior, mas aquele que tem maior capacidade em se adaptar.
Milagre é acreditar no impossível. Para acreditar no impossível, é preciso não cristalizar. Investir e confiar nas nossas competências (musculatura) individuais e sociais, mantermos uma atitude aberta à mudança (aprendizagem), rodearmo-nos de pessoas geniais, resilientes e talentosas nos afetos e nos laços. Acreditar no impossível é reinventar a fim de nos adaptarmos à mudança. Você acredita no impossível?
João Alexandre Rodrigues
Addiction Counselor
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