A úlcera péptica é uma ferida (escavação) no revestimento interno (mucosa) do estômago ou do bolbo duodenal (início do intestino delgado).
Esta ferida resulta do efeito corrosivo do ácido e das enzimas produzidas pelo próprio estômago.
A maioria das úlceras pépticas são causadas por dois factores, a partir de uma infecção do estômago provocada pela bactéria helicobacter pylori ou através de medicamentos da classe dos anti-inflamatórios não esteróides (usados para o tratamento de dores de cabeça, menstruais, de ossos, etc.).
Sintomas
O mais comum é a dor abdominal, na porção superior da barriga. Esta dor é pungente e provoca sensação de ardor. Também pode ser acompanhada de náuseas, vómitos e inchaço. Outra manifestação é a perda de apetite, com consequente perda de peso.
Tratamento
Depois de se fazer o diagnóstico através de uma endoscopia digestiva alta ou de uma biópsia, procede-se à prescrição de inibidores do ácido gástrico e protectores da mucosa do estômago. O tratamento tem como objectivo cicatrizar a ferida, aliviar os incómodos e evitar o reaparecimento da úlcera. São raros os casos em que é necessário recorrer à cirurgia.
Prevenção em cinco passos
1. Se estiver sob tratamento, siga-o com precisão e seja constante. É fundamental para evitar o seu reaparecimento.
2. O hábito tabágico é um factor de risco que, para além disso, impede que os medicamentos funcionem correctamente.
3. As refeições devem ser regulares, equilibradas e não muito copiosas. Evite a ingestão de alimentos que produzam excesso de ácido, como os muito condimentados e o álcool.
4. Não abuse dos anti-inflamatórios, como os que contêm ácido acetilsalicílico.
5. Evite bebidas com cafeína, nomeadamente café e refrigerantes como as colas.
Revisão científica: Luís Lopes (gastrenterologista)
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