O seu fruto, o tomate, um dos alimentos mais utilizados em todo o mundo, é a base da dieta mediterrânea e uma das causas dos seus resultados positivos ao nível da saúde e longevidade.

Originário da América Central, existem várias referências sobre a sua utilização pelos povos pré-colombianos como os Incas.

O tratamento com melatonina isolada tem um efeito inibidor da proliferação de células cancerígenas do fígado.

Quando combinado com a quimioterapia (doxorubicina), aumenta a sua eficácia ao nível da apoptose das células cancerígenas, isto de acordo com um estudo publicado no World Journal of Gastroenterology, em 2010. Segundo uma investigação realizada na Universidade de Ohio, nos EUA, é vantajoso para homens com cancro da próstata, juntamente com o tratamento convencional, consumirem tomate e soja. O consumo de extrato de tomate em pacientes com hipertensão arterial medicados reduziu em 10 mm/Hg a pressão sistólica e mais de 5 mm/Hg a diastólica, ao fim de apenas seis semanas.

Princípios ativos

Os principais são a melatonina, uma hormona produzida pela glândula pineal essencial para o sono e o licopeno, um carotenoide, antioxidante, com uma ação muito forte em problemas da próstata, prevenção do cancro e doenças cardiovasculares. Contém ainda  betacaroteno, ácido ascórbico e fenóis, com ação antioxidante, anti-inflamatória e antialérgica.

Principais propriedades

Graças à melatonina, induz um sono mais profundo e pode ser utilizado como coadjuvante da quimioterapia no tratamento de vários tipos de cancro. Pelo seu conteúdo em licopeno é usado no tratamento de prostatites, hiperplasia benigna da próstata e na prevenção do cancro da próstata.

Outras propriedades

Ajuda nas doenças respiratórias, diminuindo as crises de asma e alergias das vias superiores. Provoca uma diminuição do colesterol LDL (o mau) e da sua oxidação, aumentando o HDL (o colesterol bom). Reduz ainda a pressão arterial, além de ajudar a prevenir alguns tipos de cancro, estando mais estudado nos casos da próstata, ovários, estômago, cólon e pâncreas.

Administração

Vários estudos demonstram que o seu consumo como alimento (saladas, arroz, molhos, pizzas ou massas) não reduz as suas propriedades medicinais. 

Deve-se consumir no mínimo 50 g por dia.

Em comprimidos, deverá ter pelo menos 0,1% de melatonina e 15 mg de licopeno.

Remédios caseiros

- Salada anticancro
Corte o tomate aos cubos, junte cebola fresca, rebentos de soja, pepino, aipo e beterraba. Atreva-se com umas folhas de serralha, dente-de-leão, flores de malvas e capuchinha. Adicione um fio de azeite, vinagre e, opcionalmente, uma colher de sopa de molho de soja. Polvilhe com ervas aromáticas, como alecrim, orégãos, tomilho e adicione uma pitada de flor de sal ou sal marinho.

- Geleia de tomate
Escalde 1 a 2 kg de tomate, tire a pele e corte-os ao meio, retirando as sementes com a ajuda de água corrente. Coloque numa panela com 500 a 1000 g de frutose e água a ferver. Adicione raspas de casca de limão, canela e 4 a 8 lâminas da alga ágar-ágar. Quando ficar com uma consistência mais gelatinosa, deixe cozinhar em lume brando durante cerca de 20 minutos.

Revisão científica: João Beles (naturopata e professor do Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)