Há várias classificações técnicas das hérnias, um problema que afeta e condiciona a vida de muitos portugueses, nomeadamente quanto à sua morfologia, localização, volume, degenerecência discal. Desde o final da década de 2000, é usada em Portugal uma técnica pouco invasiva para tratar hérnias dos discos da coluna. Pedro Nunnes, médico neurorradiologista no Hospital da Lapa, em Lisboa, é um dos profissionais que a aplica.
Como surgem as hérnias?
Devem-se, na maioria dos casos, à degeneração precoce dos discos interverterbais, que podem deslocar-se e comprimir raízes nervosas, originando dor na coluna, que pode irradiar para o braço ou perna.
Como atua esta técnica?
Atua por via percutânea e através do controlo de imagem num aparelho de TAC [tomografia computorizada]. É injetado ozono no centro do disco a tratar. O ozono faz o disco encolher e voltar ao local inicial, reduzindo a pressão sobre o nervo. Também tem uma ação anti-inflamatória.
Quais as vantagens?
Tem tempos de estadia hospitalar e de recuperação curtos, pode ser feita com recurso a anestesia local e corresponde a uma ausência de complicações graves. Não deixa cicatriz nem impede a cirurgia.
A quem se destina?
Destina-se, essencialmente, a pacientes com dor na coluna com fraca resposta aos fármacos ou que foram submetidos a cirurgia sem melhoria.
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