A Doença de Alzheimer é uma patologia para a qual não existe cura, sendo apenas detetada quando já está instalada e quando a sintomatologia é já visível. O aparecimento da doença está fortemente associado à idade, sendo a população sénior mais suscetível ao desenvolvimento de doenças que se relacionem com a demência.
Não existe um exame específico para o diagnóstico da Doença de Alzheimer. O diagnóstico inclui a realização da história médica detalhada, exame físico e neurológico aprofundado (meios complementares imagiológicos TAC, RM, SPECT, TEP), exame do funcionamento intelectual, avaliação psiquiátrica, avaliação neuropsicológica e análises laboratoriais ao sangue e urina.
Análises sanguíneas que integram a rotina do diagnóstico de Alzheimer: anemia, função hepática, equilíbrio de eletrólitos (sal e água), deficiência de vitamina B12, função da tiróide. A análise dos marcadores neuro químicos - substância β-amilóide (Aβ1-40 e Aβ1-42), proteína TAU total, proteína TAU fosforilada (P-TAU), ratio Aβ1-42/Aβ1-40 e genotipagem ApoE – permite o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer, com uma sensibilidade de 94 a 100%. A pesquisa destes marcadores no líquido cefalorraquidiano (LCR) constitui uma das ferramenta de diagnóstico mais utilizada.
Todos estes exames irão ajudar a excluir a existência de outras doenças, que têm sintomas similares. Após a eliminação de outras causas, o diagnóstico clínico da Doença de Alzheimer é assim concluído com uma precisão de 80% a 90%. O diagnóstico só pode ser confirmado após o falecimento da pessoa, através da observação do tecido cerebral.
A deteção da Doença de Alzheimer na sua fase inicial, permite a sua monitorização e retardar o progresso, contribuindo para a melhoraria da qualidade de vida dos doentes.
Um artigo do médico Germano de Sousa, especialista em Patologia Clínica.
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