A fibrilhação auricular é uma perturbação do ritmo e da frequência de batimento do coração, em que as aurículas contraem de forma irregular e descoordenada.
O sangue acumula-se nas aurículas, com risco de formação de coágulos, que se podem deslocar através da corrente sanguínea e bloquear o afluxo de sangue ao cérebro, causando um acidente vascular cerebral (AVC). O risco tende a aumentar com o avançar da idade.
Uma em cada quatro pessoas com idade superior a 40 anos desenvolverá o problema, apontam várias investigações internacionais. A fibrilhação auricular é mais comum em pessoas que têm doença cardiovascular, estando frequentemente relacionada com uma série de fatores de risco a que deve estar particularmente atento:
- Tensão arterial elevada
- Estenose mitral (doença de válvula cardíaca)
- Doença coronária
- Hipertiroidismo
- Consumo excessivo de álcool
Sintomas
Muitas pessoas não têm sintomas, particularmente quando a frequência cardíaca não está muito alterada. Apesar de ser uma doença frequentemente silenciosa, representa um fator de risco responsável por um em cada cinco casos de AVC. Ainda assim, esteja atento aos seguintes sinais:
- Palpitações
- Tonturas
- Dores no peito
- Sensação de falta de ar
Diagnóstico
Um simples eletrocardiograma pode detetar esta doença.
Tratamento
O tratamento centra-se em três aspetos principais:
1. Diminuir o risco de AVC através de fármacos que reduzem a espessura do sangue, como os anticoagulantes orais ou os antiagregantes plaquetários.
2. Restaurar um ritmo ou uma frequência cardíaca normal: com fármacos antiarrítmicos, que ajudam a normalizar a frequência cardíaca.
3. Tratar doenças concomitantes que constituam um fator de risco para a fibrilhação auricular.
Frequentemente, os doentes sentem-se ansiosos e, para muitos, os sintomas agravam-se com o tempo, o que pode afectar a capacidade de executar tarefas diárias simples. Muitos doentes têm medo constante sobre o futuro, preocupando-se com a possibilidade de se tornarem um fardo para os seus familiares se tiverem um AVC.
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