Já todos nós nos sentimos ansiosos em algum momento, o que é um comportamento normal e humano, mas algumas pessoas sentem ansiedade muito frequentemente e de forma intensa. Nesse caso podemos estar perante um distúrbio mental, que deve ser diagnosticado, tratado e controlado de modo a não ter impacto negativo na qualidade de vida da própria pessoa e dos que a rodeiam.

Assim, pode-se descrever a ansiedade como um sentimento constante de preocupação, insegurança, nervosismo e medo. Tremores, tensão muscular, transpiração, tonturas, palpitações, respiração ofegante e desconforto gástrico são alguns dos sintomas mais comuns.

A ansiedade exagerada é, então, considerada um estado mental alterado que se origina devido ao medo que se tem de algumas situações ou ambientes – traumas passados, bullying, divórcio, maus tratos, pressões profissionais e sociais, entre outros.

Para tentar reduzir este estado de ansiedade deve adotar no seu dia a dia hábitos simples:

  • Aposte em técnicas de relaxamento e meditação;
  • Faça uma boa gestão e organização de tarefas e tempo;
  • Fale sobre as suas inquietações com familiares, amigos ou com um psicólogo, caso se sinta à vontade;
  • Pratique atividade física regular e durma adequadamente;
  • Evite o uso de cafeina, álcool e tabaco.

Contudo, por vezes, o médico pode considerar haver a necessidade de recorrer à toma de medicamentos ansiolíticos para diminuir e a controlar os sintomas e evitar recaídas.

Mas como funcionam estes medicamentos no nosso corpo?

Quando sentimos medo ou insegurança, o nosso cérebro estimula mecanismos que dão origem a um estado de ansiedade. Ao serem tomados ansiolíticos, nomeadamente benzodiazepinas, estes inibem os mecanismos que estavam a originar os estados de tensão e ansiedade. Deste modo, ocorre uma diminuição da ansiedade, indução do sono, relaxamento muscular e redução do estado de alerta.

Diminuem a ansiedade, mas… não se deve dispensar o acompanhamento médico

Portugal é dos pais da União Europeia com maior consumo de ansiolíticos, e este consumo tem vindo a aumentar. Isto acontece porque, muitas vezes, as pessoas tomam-nos incorretamente, sem acompanhamento médico ao longo da terapêutica, e em alguns casos, ao fim de algum tempo sem necessidade (devido à falta do acompanhamento médico), o que pode levar à dependência.

Caso esteja a tomar ansiolíticos, siga as indicações do médico e não falte a nenhuma consulta de reavaliação. Estas são essenciais para verificar a necessidade de continuar a medicação. Adicionalmente não pare a medicação sem falar com o seu médico. Por causarem alguma dependência, estes medicamentos necessitam de uma redução gradual. E já sabe, qualquer dúvida que tenha sobre a sua medicação, não hesite em esclarecer com o seu farmacêutico.

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