Utilizados no «tratamento de cefaleias simples, dores musculares, odontalgias, artralgias e dismenorreia», como refere a farmacêutica Cristina Azevedo, é rara a farmácia caseira que não inclui este tipo de medicamentos isentos de receita médica.
«O ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e o paracetamol são os mais solicitados para automedicação», sublinha a farmacêutica.
Efeitos secundários
O ácido acetilsalicílico pode provocar irritação gástrica, perda de sangue gastrointestinal assintomática, irritações cutâneas, bem como broncoespasmo. Está contra-indicado na asma, na doença alérgica, em insuficientes renais (IR) e hepáticos (IH), na gravidez, idosos e no caso de história de úlcera péptica.
É de evitar usá-lo em menores de 12 anos e no aleitamento devido ao risco de síndrome de Reye, que poderá ser fatal», adverte a especialista em farmácia. O paracetamol tem reacções adversas raras e apenas após uso prolongado.
«Tem contra-indicação em insuficiência renal e hepática, bem como nos casos de dependência do álcool», aponta. Por outro lado, «o ibuprofeno pode provocar náuseas,dispepsia e diarreia, sendo a hemorragia digestiva mais rara. Está contra-indicado na doença inflamatória intestinal, na úlcera activa, na gravidez e no aleitamento», refere a especialista.
Duração da toma
Depende da persistência dos sintomas. Pedro Ribeiro da Silva, médico de clínica geral e responsável pela Divisão de Informação, Comunicação e Educação para a Saúde, da Direcção Geral de Saúde (DGS), lembra que «o utente deverá consultar o médico se os sintomas persistirem (por exemplo, ter febres altas durante mais de três dias), se houver um agravamento do mal-estar ou uma recaída, após a utilização de medicamentos sem resultado e se surgirem efeitos ou reacções adversas ou quando se suspeite de uma situação mais grave».
Texto: Fátima Lopes Cardoso com Cristina Azevedo (farmacêutica) e Pedro Ribeiro da Silva (médico de clínica geral)
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