Um dos órgãos mais afetados pela diabetes é o rim. "A origem do problema está nas alterações vasculares provocadas pela diabetes nos rins", esclarece mesmo um artigo do Diabetes 365º, o projeto de literacia de saúde multiplataforma que ajuda os portugueses a lidar com a doença. Todos os anos, são diagnosticados 60.000 novos casos de diabetes em território nacional. "A nefropatia diabética, a doença renal associada à diabetes, ocorre em aproximadamente 20% a 40% das pessoas com a doença", informa o site.
"É uma das complicações no longo prazo mais comuns na população diabética", esclarece. "Muitas pessoas com diabetes podem, inclusivamente, já apresentar doença renal no momento do diagnóstico. Isto porque, nas fases iniciais da doença, sobretudo, podem não existir quaisquer sinais ou sintomas. A doença pode estar a progredir de forma silenciosa", adverte. "Se a doença continuar a progredir, poderá haver uma acumulação de substâncias no organismo como, por exemplo, ureia e creatinina", alerta.
"Substâncias essas que deveriam estar a ser eliminadas se o rim estivesse a filtrar bem o sangue. A acumulação destes compostos poderá resultar em inchaço ou em edema nos tornozelos, na face ou na zona abdominal, além de perda de apetite, fadiga, entre outros sintomas", informa o Diabetes 365º. "A relação entre diabetes e doença renal, apesar de bem conhecida, é também complexa. Os níveis de glicemia elevados de forma constante obrigam o rim a trabalhar mais para cumprir a sua função de filtração do sangue. Ao longo do tempo, este esforço impõe um stresse mecânico que altera estruturalmente o rim", esclarece.
"Os dois fatores de risco mais importantes para a doença renal são a hiperglicemia e a hipertensão. Assim sendo, sabe-se que um controlo glicémico apertado desde cedo, tanto em doentes com diabetes tipo 1 como em doentes com diabetes tipo 2, permite prevenir danos irreversíveis a nível renal", informa o site. Além de controlar os níveis de glicemia e a pressão arterial, deve procurar manter um peso saudável, ser fisicamente ativo e monitorizar regularmente a sua função renal com o apoio do médico que o acompanha.
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