De acordo com a nutricionista e educadora física Dani Borges, existem diferenças importantes entre os cardápios para pessoas com objetivos distintos: ficar magro ou ganhar massa muscular. Seja qual for o motivo que acarretou a procura por uma reeducação alimentar, o objetivo diz muito sobre qual será a lógica calórica adotada na dieta. Tudo depende do resultado esperado, da variedade e da quantidade de nutriente ingeridos.

De acordo com a nutricionista Dani Borges, a grande diferença entre uma dieta para emagrecer e uma para hipertrofia é a relação entre a quantidade de calorias consumidas e quantas delas são gastas. “É por esse motivo que dietas devem ser individualizadas. A quantidade de calorias, macros, o tipo da estratégia, os tipos de alimentos e a necessidade de suplementação variam de pessoa para pessoa, de acordo com as necessidades e objetivos”, defende.

Dani Borges tem 30 anos e é uma atleta Fitness WBFF PRO, nutricionista, modelo, health coach e educadora física. Como influenciadora digital, tem mais de 418 mil seguidores e posta dicas de motivação, alimentação saudável, receitas e treinos.

Para perder peso

Se o objetivo é perder peso, o primeiro passo é entender que para que isso aconteça é necessário gerar um déficit energético, ou seja, gastar mais calorias do que ingere. “Isso não quer dizer passar fome e exagerar no ginásio, e sim comer menos, porém melhor e de forma condizente com a queima realizada durante os treinos”, explica a nutricionista.

Dani Borges
Dani Borges Dani Borges, nutricionista

Além disso, é preciso diminuir o consumo de hidratos de carbono com alto índice glicémico, assim como doces, frituras e industrializados. “O segredo é escolher melhor os alimentos, traçando uma estratégia onde é possível alimentar-se bem, porém em menor quantidade”, enfatiza.

Para ganhar massa

Quando o objetivo ganhar massa, a estratégia é justamente o oposto: gerar um superávit calórico. “Diferente da alimentação para emagrecer, é necessário comer mais do que se gasta durante os exercícios para que o corpo possa desenvolver e musculatura”, diz a nutricionista.

De acordo com Dani Borges, isso ocorre porque nessa fase a procura é por realizar uma construção muscular, que pede uma ingestão maior de calorias que na fase de emagrecimento. “Quando estamos em processo de construção muscular, é fundamental utilizar pelo menos mais de 50% da dieta com hidrato de carbono. A intenção aqui é elevar um pouco a insulina e usá-la para o melhor aproveitamento da proteína, favorecendo a hipertrofia”.

Para que isso ocorra de maneira segura e sem a hipótese de um efeito rebote, é necessário que além das calorias ingestas, os macros — hidratos de carbono, proteínas e lípidos — estejam adequados para as exigências individuais, assim como a rotina, treinos e objetivos. “Se estiver a gastar mais do que consome será difícil ganhar massa significativa”, finalizou Dani Borges.