“Apelo para que haja tolerância zero nesta matéria de acatar todas as informações do protocolo que a Direção Geral de Saúde nos vai avançando e, com essas previdências, tente diminuir ao máximo o risco de contaminação e de continuarmos, até prova em contrário, com as nossas unidades abertas”, declarou esta quarta-feira Luís Pedro Martins.

Questionado pela Lusa sobre cancelamentos de reservas em hotéis e alojamentos locais na região Norte do país por causa do novo coronavírus, Luís Pedro Martins avançou que no distrito do Porto a “quebra nos hotéis é de 10%”, um “impacto” que considerou que “ainda é pouco significativo”.

O presidente da TPNP realçou, contudo, que a situação nos hotéis dos territórios do Tâmega e Sousa e dos restaurantes nesses concelhos do país em que os clientes são maioritariamente idosos ou turistas é “mais complicada”.

“Na região as coisas estão a variar de território para território (…). Neste momento não há números concretos e quem estiver a avançar com estatísticas ou percentagens não está a dar números exatos. Temos a noção do que se está a passar na região, porque estamos em contacto com as associações do setor do turismo, quer sejam hoteleiros, quer da área da restauração”, acrescentou.

O responsável da TPNP referiu que “não houve ainda, até ao momento, dentro do setor do turismo nenhum caso [de infeção] ou caso que tenha sido contaminado dentro de uma unidade”.

A DGS indicou hoje que o número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu para 59, mais 18 do que os contabilizados na terça-feira.

A região Norte continua a registar o maior número de casos confirmados (36), seguida da Grande Lisboa (17) e das regiões Centro e do Algarve (três cada).

O boletim divulgado hoje assinala também que há 83 casos a aguardar resultado laboratorial e 3.066 contactos em vigilância, um aumento face aos 667 divulgados na terça-feira.

A epidemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.

As medidas já adotadas em Portugal para conter a epidemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, e a realização de jogos de futebol sem público.

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