“O presidente do INEM anda há cinco anos a dizer que não tem médicos para dar formação aos TEPH [técnicos de emergência pré-hospitalar]. Vamos ainda hoje endereçar um pedido de esclarecimento sobre como pretende formar estes TEPH e em quanto tempo os prevê formar”, disse Rui Lázaro, do STEPH, em declarações à Lusa.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) publicou na terça-feira a abertura de concurso para novos 178 técnicos de emergência pré-hospitalar.
O dirigente do STEPH questiona ainda sobre se os 178 TEPH agora a formar vão ficar “com a formação por concluir, tal como os 240 que o instituto contratou nos últimos cinco anos”.
“Estranhamos que o INEM não tenha sido capaz de formar um TEPH sequer nos últimos cinco anos, por incompetência dos seus dirigentes, e se proponha agora formar 178”, afirma.
O sindicato diz ainda que vai dar conhecimento deste pedido de escleraciento ao secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
O STEPH convocou na semana passada para o dia 27 de abril uma manifestação, em Lisboa, e apelou a outros sindicatos, associações de bombeiros e agentes da proteção civil para se juntarem ao protesto.
A manifestação terá início no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, às 12:00, seguida de um desfile que passará pelo INEM e acabará no Ministério da Saúde, onde os técnicos de emergência pré-hospitalar vão entregar um caderno reivindicativo.
Entre as várias matérias que constam do caderno reivindicativo estão a revisão da carreira especial de técnico de emergência médica pré-hospitalar, o melhoramento do equipamento das ambulâncias, que consideram desadequado, a formação dos técnicos de emergência médica que está por realizar e a publicação do acordo coletivo de carreira especial.
“A carreira TEPH é hoje uma carreira que não saiu do papel, que serviu apenas para promover alguns TEPH para lugares de chefia, enquanto a esmagadora maioria se aproxima cada vez mais do salário mínimo nacional”, considera o sindicato, sublinhando que os mais prejudicados são os cidadãos, “que se veem privados de cuidados de emergência que os devia servir melhor e devia salvar mais vidas”.
Aponta ainda as “péssimas condições de trabalho” e defende o alargamento da carreira TEPH a todo o pré-hospitalar.
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