"Esta greve é determinada pelo facto de, decorridos 140 dos 180 dias do processo legislativo das carreiras dos TSDT, o Ministério da Saúde insistir em não fornecer qualquer informação sobre o mesmo, nomeadamente a data previsível de aprovação dos diplomas pelo Conselho de Ministros", explica o TSDT em comunicado.

Dia 31 de maio, primeiro dia de greve, os TSDT vão efetuar uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, em protesto pela discriminação de que são vítimas.

Os TSDT exigem "a imediata aprovação, em Conselho de Ministros, dos projetos de diploma de criação das carreiras dos Técnicos Superiores das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, respetivamente em regime de CTFP e CIT, nos termos do acordo firmado entre o governo e os sindicatos, no passado dia 12 de dezembro".

Os TSDT querem tambéM a "apresentação pelo governo, até ao dia 31 de maio de 2017, de uma proposta de protocolo negocial, devidamente calendarizado para 2017, do qual constem o regime de transição dos TSDT para as novas carreiras, tabelas salariais, novo regime de titulação e designação profissional, regime de concursos e regime de avaliação do desempenho".

Greve vai afetar todos os serviços de saúde

No final do ano passado, os TSDT realizaram uma greve de 15 dias seguido, com taxas de adesão a rondar os 80%.

Os TSDT são constituídos em 19 profissões e abrangendo áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, a farmácia, a cardiopneumologia, entre muitas outras, num total de cerca de 10 mil profissionais em exercício nos serviços públicos de saúde.

"Esta greve afetará assim praticamente todos os serviços de saúde, com especial incidência nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos diferenciados em todas as áreas de intervenção clínica, planos terapêuticos em curso, distribuição de medicamentos, prevenção em saúde", adianta o STSS.