“Neste momento, as notícias são muitíssimo boas, porque está tudo – funcionárias e utentes – negativo. Pode dizer-se que o surto está ultrapassado”, revelou Manuel Loução, presidente da Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras.
O surto na estrutura residencial para pessoas idosas (ERPI) desta instituição alentejana foi detetado a 28 de janeiro e afetou 25 dos 26 utentes do lar.
A exceção foi uma senhora, “que testou sempre negativo”, observou Manuel Loução.
O presidente da Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras acrescentou que, entre os 25 utentes que testaram positivo, registaram-se três óbitos, de dois homens e uma mulher, quando “estavam internados no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja”, que a instituição lamenta “profundamente”,
Durante o surto, sete dos utentes infetados do lar, quatro homens e três mulheres, foram transferidos, a 08 de fevereiro, para a Estrutura de Apoio de Retaguarda (EAR) da Base Aérea de Beja, dado estarem a decorrer obras na unidade residencial.
O último idoso a deixar a EAR da Base Aérea de Beja regressou ao lar a 03 de março.
O surto de covid-19 na ERPI da Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras afetou também “nove das 29 colaboradoras da instituição”, adiantou Manuel Loução.
Para o presidente da Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras, todo este período foi “extremamente longo” e “muito exigente para todos” na instituição, que durante o surto recebeu os apoios da Cruz Vermelha Portuguesa e da Câmara Municipal de Odemira.
“Tínhamos o problema dos [utentes] positivos e negativos e de ter a unidade a funcionar em dois locais. Neste momento, já podemos colocar acamados num lado e autónomos noutro e penso que, a partir da semana que vem, vai voltar tudo à normalidade”, concluiu.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.630.768 mortos no mundo, resultantes de mais de 118,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.650 pessoas dos 813.152 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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