A ministra da Saúde, Ana Jorge, visitou esta manhã vários serviços farmacêuticos em Lisboa, a começar pelo hospital de Santa Maria. A responsável pela farmácia hospitalar diz que a despesa com os doentes internados se mantém estável, já os custos com os doentes seguidos em ambulatório registam uma subida de 8%.
Piedade Ferreira, directora da farmácia do hospital de Santa Maria, justifica o crescimento da despesa com os novos fármacos que estão disponíveis e com um maior número de doentes crónicos.
O aumento da despesa, neste caso, justifica-se, diz a ministra da Saúde, porque significa que os doentes oncológicos ou de SIDA têm melhores soluções terapêuticas.
"Os custos com doentes internados mantêm-se. Onde se gasta é na área da dispensa de medicamentos em ambulatório, nomeadamente em doentes oncológicos ou VIH/sida. Há cada vez mais possibilidade de tratar doentes em regime ambulatório com medicamentos novos e isso custa mais dinheiro. Mas não houve um disparo no sentido de descontrolo, houve um real aumento, porque se estão a tratar mais doentes e melhor", afirmou a ministra.
Por outro lado, Ana Jorge diz que a redução das comparticipações mal se vai sentir no bolso dos idosos de menores de rendimentos. É já a partir de 1 de Outubro que entram em vigor várias alterações na área do medicamento.
No caso dos idosos mais desfavorecidos, acaba-se a comparticipação total dos remédios, mas Ana Jorge diz que há pouca diferença: “Não estamos a falar de grandes alterações individuais” são “cerca de 20 cêntimos a mais”.
Fonte: Rádio Renascença
2010-09-27
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