Disponível 24 horas por dia, este serviço integrado no Serviço de Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento do Centro de Contacto do SNS – SNS 24 - resulta de um protocolo de colaboração assinado hoje, em Lisboa, entre a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e a Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO).
O novo serviço tem como finalidade “triar, aconselhar e, se necessário, encaminhar os utentes oncológicos em tratamento aos serviços de saúde mais adequados, consoante os seus sintomas e grau de toxicidade” e terá “algoritmos específicos para os doentes oncológicos em tratamento de quimioterapia e imunoterapia”, refere a SPMS em comunicado.
De acordo com as diferentes situações clínicas, os utentes poderão ser aconselhados a dirigirem-se ao serviço de urgência, a aguardarem o contacto pelo serviço de oncologia do hospital assistente, ou a permanecerem em autocuidados.
Segundo o comunicado, a chamada pode ainda ser transferida para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) quando se tratar de uma emergência médica.
Na cerimónia, o presidente da SPMS, Henrique Martins, citado no comunicado, fez referência à “imperiosidade” de se conseguir fazer mais coisas com o atual contrato do SNS 24”, reforçando que o objetivo é “implementar um serviço que não seja apenas um conforto telefónico”.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, expressou, por seu lado, a vontade de testemunhar “a relevância” que um projeto destes pode ter”.
Para Francisco Ramos, o desafio oncológico vai ser extremamente relevante para os próximos anos, sendo esta “uma oportunidade de estimular e agregar o Serviço Nacional de Saúde.”
O presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia, Paulo Cortes, sublinhou a forma como a ideia deste projeto foi debatida e elogiou o acolhimento “excecional por parte dos Serviços do SNS 24”, acrescentando que este é um trabalho em progressão, que vai sendo afinado “ao longo do tempo.”
A rede de atuação será constituída pelo SNS 24, Hospitais (serviços de oncologia) e Institutos Portugueses de Oncologia que vierem a aderir ao projeto.
Segundo o comunicado, os principais objetivos deste projeto centram-se na diminuição da utilização inadequada dos serviços de urgência, no encaminhamento dos doentes oncológicos em tratamento, de acordo com os seus sintomas e grau de toxicidade, para o nível de cuidados mais adequado e na promoção da utilização do SNS 24 como o ‘front office’ do SNS em situação aguda, antes do acesso a qualquer serviço de saúde presencial.
“Esta parceria interinstitucional surgiu, assim, na sequência de a maior parte dos hospitais não dispor da especialidade de oncologia em permanência no serviço de urgência, pelo que fora do horário de funcionamento desta especialidade, os doentes são avaliados por outras especialidades médicas”, sublinha.
Com duração de dois anos, o protocolo entra em vigor em outubro, sendo automaticamente renovado por sucessivos períodos de um ano.
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