Os autores de um novo estudo científico não têm dúvidas. O SARS-CoV-2 já circulava em Itália no início deste ano. Segundo esta investigação italiana, agora divulgada pela publicação especializada Tumori Journal, o primeiro caso de COVID-19 no país, um dos mais afetados pela pandemia viral, foi diagnosticado oficialmente no dia 20 de fevereiro na região da Lombardia mas, segundo a tese dos cientistas que o desenvolveram, entrou no território italiano, pelo menos, um mês antes da primeira confirmação da doença.
Os autores de outro estudo garantem, no entanto, ter identificado material genético do novo coronavírus em amostras recolhidas em esgotos em Milão e em Turim no dia 18 de dezembro de 2019. Um relatório da Universidade de Harvard, nos EUA, também sugere que o SARS-CoV-2 começou a fazer vítimas ainda antes de milhões ouvirem pela vez a palavra COVID-19. Um outro grupo de investigadores analisou as amostras de sangue recolhidas a doentes italianos com cancro do pulmão para um ensaio laboratorial.
Os cientistas descobriram, então, que 111 dos 959 voluntários, todos eles assintomáticos, tinham anticorpos do novo coronavírus no plasma sanguíneo, recolhido entre setembro de 2019 e março de 2020. A análise desenvolvida permitiu-lhes, ainda, confirmar que 11,6% tinham estado infetados antes de março, 23 em setembro e 27 em outubro. Mais de metade dos participantes no estudo, 53,2%, eram originários da Lombardia, a primeira região de Itália a confirmar a existência de doentes infetados com COVID-19.
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